A língua italiana e a escola como espaços simbólicos de disputa no início do sec. XX: implicações políticas, sociais e culturais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v0i35p5-14Palavras-chave:
Língua italiana, Discurso e educação, Ideologia, História do BrasilResumo
Este artigo tem como objetivo refletir, sob o viés histórico, sobre a presença ausente da(s) língua(s) e cultura(s) italiana(s) no currículo de ensino médio em Curitiba, mais especificamente no Colégio Estadual do Paraná no início do século XX. Como tratar de cultura e linguagem é tratar do sujeito sociológico e historicamente situado, sempre em movimento, na relação com o outro, destacamos nessa reflexão três pontos que acreditamos estejam relacionados com a questão da língua, a saber: a) a divergência entre os sujeitos imigrantes italianos social e historicamente situados; b) a ideologia do branqueamento do Brasil por parte da elite brasileira; e c) a ausência de tradição da língua italiana falada standard nesse período. Para essa reflexão, tomam-se como base as ideias do Círculo de Bakhtin sobre linguagem indissociada de sujeito híbrido e a noção de diferença cultural que ocorre na enunciação, conforme definida por Bhabha (2013).
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