O italiano na escola pública: conflitos históricos em Santa Catarina

Autores

  • Carolina Pizzolo Torquato Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v0i35p15-28

Palavras-chave:

Línguas de imigração, Dialeto, Italiano, Talian, Ensino

Resumo

Este artigo trata da diversidade linguística brasileira e, mais especificamente, do ensino do italiano nas escolas públicas de alguns municípios de Santa Catarina. Nas últimas décadas, algumas comunidades catarinenses, fundadas a partir da imigração italiana do final do século XIX, promulgaram leis municipais que incluíram o italiano em sua rede de ensino, embora os imigrantes italianos fossem, em sua grande maioria, exclusivamente dialetófonos. Além de abordar o repertório linguístico dos imigrantes, o artigo trata da repressão linguística sofrida por eles durante o Estado Novo, bem como das consequências dessa repressão para as novas gerações de descendentes. O objetivo do artigo é problematizar a relação que se estabelece entre a repressão linguística e os preconceitos ainda existentes quanto ao(s) dialeto(s), questionando o lugar do ensino do italiano nessas comunidades.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carolina Pizzolo Torquato, Universidade Federal de Santa Catarina

    Professora do curso de Letras Italiano (Licenciatura e Bacharelado) da Universidade Federal de Santa Catarina, atua principalmente nas áreas de Língua Italiana e Linguística Aplicada. Realizou estágio pós-doutoral no Instituto de Estudos da Linguagem (Unicamp) sobre o ensino da língua italiana na rede pública das comunidades ítalo-brasileiras de Santa Catarina.

Referências

BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. (orgs.). Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

BUENO, A. M. Língua, imigração e identidade nacional: análise de um discurso a respeito da imigração no Brasil da Era Vargas. Estudos Semióticos, v. 9 (n. 2), 2013. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/69531>. Acesso em: 01 jun. 2017.

CAMBRUSSI, M. O efeito das políticas de promoção linguística para as línguas de imigração: o caso do talian e do italiano. Revista Língua & Literatura, v. 9 (n. 13), 2007. Disponível em: <http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/68>. Acesso em: 01 jun. 2017.

CORACINI, M. J. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 2007.

MARCATO, C. Dialetto, dialetti e italiano. Bologna: Il Mulino, 2007.

MOSER, A. A violência do Estado Novo Brasileiro contra os colonos descendentes de imigrantes italianos em Santa Catarina durante a Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=200>. Acesso em: 02 fev. 2017.

OLIVEIRA, G. M. Brasileiro fala português: monolinguismo e preconceito linguístico. In SILVA, F.L.; MOURA, H. M. M (orgs.). O direito à fala. Florianópolis: Editora Insular, 2000, p. 83-92.

SEYFERTH, G. A assimilação dos imigrantes como questão nacional. Mana, 1997, v. 3 (n. 1). Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131997000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 01 jun. 2017.

TESI, R. Storia dell’italiano. La lingua moderna e contemporanea. Bologna: Zanichelli, 2005.

TESI, R. Storia dell’italiano. La formazione della lingua comune. Bologna: Zanichelli, 2007.

Downloads

Publicado

21-04-2024

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Torquato, C. P. (2024). O italiano na escola pública: conflitos históricos em Santa Catarina. Revista De Italianística, 35, 15-28. https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v0i35p15-28