A ecologia publicitária de Barbie: a cor rosa como signo cromático midiatizado e o meta-consumo de uma marca
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v15i2e219022Palavras-chave:
Barbie, Marca, Rosa, Cinema, PublicidadeResumo
Tendo por contexto o lançamento do filme Barbie, gerador de grandes debates, inclusive no campo acadêmico, partimos neste artigo do questionamento: de que forma o filme pode ser compreendido como recurso publicitário e em que medida se revela expressão da centralidade do consumo nas pautas e no imaginário contemporâneos? Em síntese, nosso objetivo é compreender a produção de significados construídos pelo filme. Como metodologia, utilizaram-se a revisão bibliográfica e a análise das expressões publicitárias do filme em mídias físicas e digitais e fora delas, além de análise semiótica do filme como apoio à compreensão da ecologia publicitária. Constatam-se, como resultado, a centralidade da cor rosa, signo qualitativo de alta complexidade, capaz de expressar visualmente distintos aspectos implicados no filme e o caráter ambíguo da produção, misturando aspectos publicitários e cinematográficos.
Downloads
Referências
AMORIM, Eliã Siméia Martins dos Santos; SILVA, Elis Rejane Santana da; ROSA, Jéssica; PEREZ, Clotilde. O princípio do prazer: o hiperconsumo como escape em tempos de modernidade líquida. Signos do Consumo, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 70-78, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/144828. Acesso em: 28 set. 2023.
BARBIE. Direção: Greta Gerwig. Califórnia: Mattel, 2023. 1 rolo de flme (114 min), son., color.
BARROS, Lilian Ried Miller. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. 2. ed. São Paulo: Senac, 2007.
CERETTA, Simone Beatriz; FROEMMING, Lurdes Marlene. Geração Z: compreendendo os hábitos de consumo da geração emergente. Revista do Mestrado em Administração da Universidade Potiguar, Natal, v. 3, n. 2, p. 15-24, 2011.
COUTINHO, Iluska. Leitura e análise da imagem. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
COVALESKI, Rogério. Cinema e publicidade: intertextos e hibridismos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2015.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 1994.
DELEUZE, Gilles. Cinema 1: a imagem-movimento. São Paulo: Editora 34, 2018.
FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. São Paulo: Blücher, 2006.
FILME da Barbie abre nova era para o marketing no cinema. Meio & Mensagem, [s. l.], 20 jul. 2023. Mídia. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/midia/como-a-barbie-pode-mudar-o-marketing-da-industria-do-cinema#:~:text=O%20filme%20Oppenheimer%2C%20que%20ser%C3%A1,impactando%20as%20previs%C3%B5es%20de%20bilheteria. Acesso em: 8 set. 2023.
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac & Naify, 2007
FRAGUITO, Giovanna; MORATELLI, Valmir. O que precisa ser dito sobre o personagem Ken em ‘Barbie’. Veja, São Paulo, 26 jul. 2023. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/o-que-precisa-ser-dito-sobre-o-personagem-ken-em-barbie. Acesso em: 30 set. 2023.
HAWKINS, Eleanor. Barbie Marketing Mania. Axios Communications, [s. l.], 6 de jul. 2023. Economy & Business. Disponível em: https://www.axios.com/2023/07/06/barbie-movie-marketing-power. Acesso em: 8 set. 2023.
HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.
JENKINS, Henry. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia programável. São Paulo: Aleph, 2014.
LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LUPETTI, Marcélia. Planejamento de comunicação. São Paulo: Futura, 2000.
MILLER, Cameron. Barbie Movie Boosts: How The Barbie Movie Redefined Brand Marketing. DigitalMarketer, [s. l.], 24 jul. 2023. Blog. Disponível em: https://www.digitalmarketer.com/blog/barbie-movie-redefined-brand-marketing/. Acesso em: 8 set. 2023.
PASTOUREAU, Michel. Dicionário das cores do nosso tempo: simbólica e sociedade. Lisboa: Estampa, 1997.
PEREZ, Clotilde. Signos da marca: expressividade e sensorialidade. 2. ed. São Paulo: Cengage, 2017.
PEREZ, Clotilde. Ecossistema publicitário: o crescimento sígnico da publicidade. 2016, Anais. São Paulo: Intercom, 2016.
PEREZ, Clotilde; TRINDADE, Eneus. Consumo midiático: youtubers e suas milhões de visualizações: como explicar. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 26., 2017, São Paulo. Anais […]. São Paulo: Faculdade Cásper Libero, 2017.
POMPEU, Bruno; SATO, Silvio. Publicidade contemporânea e semiótica peirceana: uma proposta metodológica. Matrizes. São Paulo. No prelo.
ROCHA, Everardo; PEREIRA, Cláudia (org.). Cultura e imaginação publicitária. Rio de Janeiro: Mauad X, 2013.
RUBIN, Rebecca. Inside ‘Barbie’s’ Pink Publicity Machine: How Warner Bros. Pulled Off the Marketing Campaign of the Year. Variety, [s. l.], 23 jul. 2023. Film. Disponível em: https://variety.com/2023/film/box-office/barbie-marketing-campaign-explained-warner-bros-1235677922/. Acesso em: 8 set. 2023.
SANTAELLA, Lucia. Leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. São Paulo: Thomson, 2004.
SCHNEIDER, Amanda. Filme da Barbie impulsiona produtos e retoma tendência Barbiecore. Meio & Mensagem, [s. l.], 7 jul. 2023. Marketing. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/marketing/filme-barbie-barbiecore. Acesso em: 8 set. 2023.
SCOLARI, Carlos Alberto. Narrativas transmídias: consumidores implícitos, mundos narrativos e branding na produção da mídia contemporânea. Parágrafo, São Paulo, v. 1, n. 3, p. 7-19, 2015.
STEEL, Jon. A arte do planejamento: verdades, mentiras e propaganda. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
STUMPF, Ida Regina. Pesquisa bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
TUNGATE, Mark. A história da propaganda mundial. São Paulo: Cultrix, 2009.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Clotilde Perez, Bruno Pompeu, Diego Freire
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY-NC-SA.