Diálogo em Paulo Freire nas interfaces com a comunicação popular e comunitária e a pesquisa participante
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v27i2p33-48Palavras-chave:
diálogo, Paulo Freire, comunicação e educação, comunicação popular e comunitária, movimentos sociaisResumo
O artigo objetiva discutir a questão do diálogo em Freire, como base do processo de comunicação e, em interação com outros autores, relacioná-lo às interrelações entre Comunicação e Educação, em especial na Comunicação Popular e Comunitária no contexto dos movimentos sociais cívicos e na pesquisa participante. O estudo se fundamenta em pesquisa bibliográfica. Conclui-se que as relações entre Comunicação e Educação facilitam a constituição do diálogo, tanto nos ambientes da educação formal quanto no contexto dos movimentos sociais populares brasileiros que, desde o fim da década de 1970, vivenciam o diálogo, tanto na construção coletiva das suas formas de organização e mobilização quanto na formulação das estratégias e táticas desenvolvidas tendo em vista as lutas denunciativas da opressão e reivindicativas de direitos. O diálogo é uma questão transcendental e indissociável às práticas educativas. O diálogo pode ser entendido como ação-reflexão que valoriza a participação dos sujeitos – como sujeitos – na construção do conhecimento.
Downloads
Referências
BUBER, M. Do diálogo e do dialógico. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.
CITELLI, A. Comunicação e educação contemporâneas. In: CITELLI, A.O.; COSTA, M. C. (Orgs.). Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011. p. 59-76.
DOWNING, J. D. H. Mídia Radical – rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. São Paulo: Senac, 2004.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 71.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, [1968] 2019.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 12.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 36.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014a.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 48 ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2014b.
FROMM, E. A arte de amar. Trad. Milton Amado. São Paulo: Martins Fontes, 1956.
FROMM, Erick. A revolução da esperança: Por uma Tecnologia Humanizada. Trad. Edmond Jorge. 3 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
GOHN, M. da G.. Teorias dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. 4.ed. São Paulo: Loyola, 2004.
GOHN, M. da G. (Org.). Educação não formal no campo das artes. São Paulo: Cortez, 2015.
INSTITUTO PAULO FREIRE. Paulo Freire é o terceiro pensador mais citado em trabalhos pelo mundo. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 08 jun.2016. Disponível em: https://www.paulofreire.org/noticias/463-paulo-freire-%C3%A9-o-terceiro-pensador-mais-citado-em-trabalhos-pelo-mundo Acesso em: 20 maio 2021.
LIMA, M. Dialogue. Cycle Paulo Freire Centennial: 7 Talks in Preparation for the Next 100 Years. 10 mar. 2021. Disponível em: https://www.paulofreirecentennial.org/videos/. Acesso em: 26 maio 2021.
LIMA, V. A. de. Comunicação e cultura: as ideias de Paulo Freire. 2.ed.rev. Brasília: UnB, 2011.
MAGALLANES BLANCO, C. Dialogue. Cycle Paulo Freire Centennial: 7 Talks in Preparation for the Next 100 Years. 10 mar. 2021. Disponível em: https://www.paulofreirecentennial.org/videos/. Acesso em: 26 maio 2021.
MIGNOLO, W. Desafios decoloniais hoje. Epistemologias do Sul, Foz do Iguaçu, v. 1, n. 1, p.12-32, 2017.
PERUZZO, C.M.K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
PERUZZO, C.M.K. Pressupostos epistemológicos e metodológicos da pesquisa participativa: da observação participante à pesquisa-ação. Estudios sobre las Culturas Contemporâneas, Colima, Univ.de Colima, v. 23, n. Especial III, p.161-190, primavera 2017. Disponível em <https://www.redalyc.org/jatsRepo/316/31652406009/html/index.html>. Acesso em: 01 jun. 2021.
PERUZZO, C.M.K. Investigación-acción. Una introducción a la epistemología y al método. In: GONZÁLEZ, J A.; PERUZZO, Cicilia M.K. (Orgs). Arte y oficio de la investigación científica: cuestiones epistemológicas y metodológicas. Ecuador: CIESPAL, 2019. p. 497-517. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Jorge_Gonzalez27/publication/342393714_Arte_y_Oficio_de_la_Investigacion_Cientifica_Cuestiones_epistemologicas_y_metodologicas/links/5ef22ae84585154d390e79db/Arte-y-Oficio-de-la-Investigacion-Cientifica-Cuestiones-epistemologicas-y-metodologicas.pdf. Acesso em: 01 jun.2021.
RANCIERE, J. O ódio à democracia. Tradução de Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2014.
RIBEIRO, D. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.
SIMMEL, George; MOARES FILHO, E. de (Orgs.). George Simmel: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.
SOUSA SANTOS, B. Descolonizar el saber, reinventar el poder. Montevideo: Universidad de la República, Ediciones Trilce, 2010.
SOARES, I. Educomunicação: um campo de mediações. In: CITELLI, Adilson O.; COSTA, M. Cristina (Orgs.). Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011. p. 29.
SOLANO GALLEGO, E.(Org.) O ódio como política. A reinvenção das direitas no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
VALIM, A. A Comunicação popular na construção e preservação da memória das lutas populares no Brasil (décadas de 1970-1980). Rio de Janeiro: Núcleo Piratinga de Comunicação / Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro, 2020.
VEIGA, E. Paulo Freire: como o legado do educador brasileiro é visto no exterior. BBC News Brasil. 12 jan.2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46830942. Acesso em: 20 abr.2021.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cicilia Maria Khroling Peruzzo, Ingrid Gomes Bassi, Carlos Humberto Ferreira Silva Junior
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autorizo a publicação do artigo submetido e cedo os direitos autorais à revista, na versão impressa e eletrônica, caso o mesmo seja aprovado após a avaliação dos pareceristas.
Estou ciente de que os leitores poderão usar este artigo sem prévia solicitação, desde que referidas a fonte e a autoria. Os leitores não estão autorizados a usar este artigo para reprodução, na integra ou em partes, para fins comerciais.