Submissão

O cadastro no sistema e posterior acesso, por meio de login e senha, são obrigatórios para a submissão de trabalhos, bem como para acompanhar o processo editorial em curso. Acesso em uma conta existente ou Registrar uma nova conta.

Diretrizes para Autores

1) O cabeçalho deve conter:

a) Título do trabalho em português, inglês e espanhol, necessariamente nessa ordem, separados por uma linha. Todos os 3 (três) títulos são obrigatórios;

2) Resumos em português, inglês e espanhol, necessariamente nessa ordem, separados por uma linha. Todos os 3 (três) resumos são obrigatórios:

a) Devem conter entre 5 e 10 linhas, fonte Times New Roman, 12, espaçamento simples.

b) No resumo deve ser apresentado: proposta geral da pesquisa, quadro teórico, objetivos e metodologia.

3) Palavras-chaves:

a) De 3 a 5;

b) Devem ser inseridas abaixo de seus respectivos resumos, separadas por vírgula.

4) O texto completo.

Todos os textos deverão ser digitados com fonte Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento 1,5. Deverão ser enviados no formato doc até 2 Mb e ter entre 16000 e 24000 caracteres com espaço (contar apenas o corpo do texto, sem título, resumo e referências). (O texto pode ser em uma das 3 línguas da revista: português, inglês ou espanhol. Encorajamos os autores a escrever textos bilíngues, por exemplo inglês e português)

5) Bibliografia: deve seguir as normas da ABNT NBR 6023/2002, lembrando que o título deve ser colocado em destaque com a utilização de negrito. Caso o documento citado possua DOI é obrigatório que ele seja informado.

6) Notas explicativas de rodapé serão aceitas desde que sejam imprescindíveis e breves. Devem ser numeradas com algarismos arábicos, fonte Times New Roman, tamanho 10 e digitadas com espaçamento simples.

7) As citações no corpo do texto superiores a 3 linhas devem ser digitadas com espaçamento simples, fonte Times New Roman, tamanho 10 e com recuo de 4 cm da margem, conforme ABNT NBR 10520/2002.

8) É obrigatória a utilização do sistema Autor-Data para todas as citações (AUTOR, 1900, p.1).

9) Configurações Gerais

a) Página A4;

b) Margens Superior e Inferior 3cm;

c) Margens laterais 2 cm;

d) Uso de “aspas duplas” somente para citação no corpo do texto;

e) Uso de itálico para termos estrangeiros e títulos de livro e periódicos;

f) Uso de negrito para destaque no texto.

g) Urls informadas no texto por meio de hiperlink;

h) Imagens, gráficos e tabelas no corpo do texto (com os devidos créditos).

10) Caso os artigos incluam fotos, desenhos ou materiais gráficos da autoria de terceiros, é indispensável carta de autorização. O material deverá vir acompanho de legendas de identificação. O material gráfico deve ser reduzido ao mínimo indispensável, em formato JPG e com resolução de 300 dpi e tamanho de 725X500 pixels.

No caso de envio de mídias, seguir os padrões:

a) Imagens: resolução de 300 a 600 dpi e tamanho de 725X500 pixels;

b) Vídeos: até 15 min, enviar link do youtube;

c) Arquivos de áudio: no formato mp3 e duração máxima de 15 minutos e arquivo no tamanho máximo de 2 Mb.

10) O envio do artigo original implica na autorização para publicação segundo o conceito de Creative Commons 3.0 e será publicada na revista digital.

Clique aqui para baixar o modelo com a formatação correta

11) Os autores mantêm os direitos autorais, concedendo à revista o direito de primeira publicação. Os trabalhos são licenciados sob Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC. Após a publicação, os autores permanecem com os direitos autorais e podem republicar o texto, sob condição de notificar a revista e citar a publicação original. 

12) O autor se responsabiliza pelo texto aprovado e publicado - inclusive do ponto de vista ético, sendo seu único responsável judicial por sua autoria. Assim, o autor deve arcar com qualquer acusação de plágio ou cópia autoral que possa advir. A ocorrência de plágio implica em exclusão imediata do sistema da revista. 

Condições para submissão

Todas as submissões devem atender aos seguintes requisitos.

  • A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista.
  • O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word (.DOC).
  • URLs para as referências foram informadas quando possível.
  • O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na página Sobre a Revista.
  • Os metadados foram preenchidos corretamente nas três línguas exigidas?
  • Os documentos que possuem número DOI foram devidamente identificados?
  • Estou ciente que após a aprovação meu texto passará por uma revisão de texto para a correção ortográfica e aplicação das normas da revista.

CHAMADA Revista Aspas 15.2 “AS ARTES DA CENA E OS MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS: Pedagogias libertárias e espaços de imaginação política”

CHAMADA Revista Aspas 15.2 “AS ARTES DA CENA E OS MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS: Pedagogias libertárias e espaços de imaginação política”

Segundo a plataforma World Prison Brief, a população carcerária mundial ultrapassa os 11 milhões de pessoas. Entre 2000 e 2019, a população carcerária mundial aumentou mais de 25%, enquanto a população global cresceu cerca de 21% no mesmo período.

Além disso, cerca de um terço dos prisioneiros no mundo estão detidos sem julgamento, o que levanta preocupações sobre os direitos humanos e a eficiência dos sistemas judiciais em diversos países. A superlotação carcerária é outro problema crítico, com muitos sistemas prisionais operando acima de sua capacidade, o que afeta negativamente a saúde e o bem-estar dos detentos. As altas taxas de encarceramento não diminuem os índices de violência e criminalidade, o que nos leva a pergunta levantada por Angela Davis: Estariam as prisões obsoletas?

Na contramão dos discursos punitivistas e medidas paliativas existem trabalhos, ações, práticas artísticas e pesquisas em Artes Cênicas que tem com o intuito não somente promover a a dita ressocialização, sendo essa uma das pautas que o encarceramento utiliza se como defesa de sua existência, mas acima disso tem como eixo de diretriz o  fim das prisões. 

Segundo a abolicionista e pesquisadora Liat Ben Moshe, as prisões têm sido, ao longo da história, um espaço de contenção das rebeldias e povos marginalizados e operam na sociedade contemporânea como um braço estendido do projeto escravocrata. Esse legado punitivista que propõe a reclusão como forma de (re)socialização tem sido empregado em diversas outras instituições como manicômios, clínicas de reabilitação para dependentes químicos com internação compulsória, internatos escolares, entre outros.

Como resistência, movimentos abolicionistas por todo o mundo têm buscado novas formas de se promover justiça e organizar nossas sociedades, onde o teatro cumpre um papel fundamental nesse tipo de elaboração.

A socióloga Angela Alonso (2012) afirma que, em meados do século XIX, diversos grupos de teatro se apresentavam na porta das igrejas após as missas de domingo para levar o ideal abolicionista às massas e arrecadar fundos para comprar cartas de alforria e libertar pessoas escravizadas. Embora esse fato não tenha tido tanta visibilidade quanto outros movimentos dentro da história das artes cênicas, esse legado do teatro abolicionista sustentou toda uma série de diferentes metodologias, poéticas e estratégias, que construíram um verdadeiro arsenal estético na luta contra o punitivismo e o encarceramento em massa no Brasil.

Esse legado do teatro abolicionista é continuado por Abdias Nascimento na década de 1940, com seu Teatro do Sentenciado, e posteriormente por toda uma leva de artistas engajados em buscar novos imaginários possíveis para organizar nossas sociedades e a forma como pensamos conceitos como justiça, responsabilização, educação e reparação. Esse contexto não é tão diferente em outros lugares do planeta onde o encarceramento em massa é uma realidade.

No campo universitário, grupos de extensão por todo o Brasil e no mundo tem construído estéticas e éticas nas artes da cena junto a pessoas encarceradas e sobreviventes do sistema prisional, que trazem contribuições para o campo das metodologias em artes cênicas.

Com o intuito de aproximar as ações, pesquisas e práticas artísticas abolicionistas no que tange ao encarceramento, a Revista Aspas convida pessoas pesquisadoras, grupos de pesquisa a compartilharem e proporem reflexões para compor a edição 15.2 AS ARTES DA CENA E OS MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS: Pedagogias libertárias e espaços de imaginação política . Com esta chamada, buscamos estimular reflexões que contribuam com o debate e que dialoguem com uma ou mais das seguintes perguntas:

  • Como ações em instituições de privação de liberdade podem se caracterizar como um discurso abolicionista em Artes Cênicas? 
  • Práticas e Ações artísticas que atuem como denúncia,  transformação de justiça em espaços de privação de liberdade; 
  • Quais as contribuições de trabalhos e ações em artes cênicas para as pessoas em privação de liberdade, diante de uma perspectiva não-reformista e de mudança radical?
  • Propostas pedagógicas emancipatórias em Artes Cênicas  para e por corpos privados de liberdade; 
  • Quais questionamentos e possíveis modificações no sistema prisional  que esses trabalhos podem suscitar para pensar modos de organização sociais em que a privação de liberdade não seja mais uma alternativa necessária?
  • Quais os limites das práticas em artes cênicas nesses contextos e seus paradigmas?

 

Referências:

 

ALONSO, Angela. A teatralização da política: a propaganda abolicionista, Revista Tempo Social, São Paulo, n. 24, v. 2, 2012. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/ts/a/6DG8jmyCxypRW6LrSTnzzRt/?lang=pt#>.

BEN-MOSHE,   Liat.   Dis-epistemologies   of   Abolition.   Critical Criminology, v. 26, n. 3, 3 set. 2018

CONCILIO, Vicente. Teatro e prisão: dilemas da liberdade artística. HUCITEC, 2015.

IMARISHA, Walidah. Reescrevendo o futuro: usando ficção científica para rever justiça. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2016. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/378747787/Walidah-Imarisha-22Reescrevendo-o-futuro-22-pdf> 

DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? DIFEL. 2018

LUCAS, Ashley E. Teatro e a crise global do encarceramento. São Paulo: Hucitec, 2021.

GAULÊS, M.; BASTOS, M. H. F. DE A. Muito além do Carandiru: processos indisciplinares em teatro, prisão e abolição. Ephemera: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, v. 7, n. 13

NARVAES, Viviane Becker. O Teatro do Sentenciado de Abdias Nascimento: classe raça e a modernização do teatro brasileiro. 2020. Tese de Doutorado (Teoria e Prática do Teatro) - Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-19022021-183344/publico/VivianeBeckerNarvaesVC.pdf>.

NASCIMENTO, Abdias. Submundo, cadernos de um penitenciário. São Paulo: Zahar, 2023

WORLD PRISON BRIEF. Highest to Lowest - Prison Population Total. 2025. Disponível em <https://www.prisonstudies.org/highest-to-lowest/prison-population-total?field_region_taxonomy_tid=All> 

Artigos

Seção que recebe os artigos de pesquisadores das artes cênicas sobre o tema em pauta.

 

Política de Privacidade

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.