Capital linguístico e circulação internacional: um estudo comparativo entre Argentina, Brasil e Chile
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2022.194320Palavras-chave:
Hipercentralidade do inglês, Capital linguístico, MultilinguismoResumo
Embora a hipercentralidade do inglês tenha sido considerada característica central do sistema acadêmico mundial e tendência crescente no circuito acadêmico latino-americano, impulsionada pelas políticas científicas estatais e pelas crenças dos pesquisadores, até agora não se tentou observar até que ponto a publicação em inglês é efetivamente requisito para desenvolver uma carreira acadêmica na região. Intentamos contribuir para a compreensão dessa questão explorando os resultados de uma pesquisa que compara o uso de línguas estrangeiras em publicações e as experiências de aquisição de competência linguística em inglês de pesquisadores radicados na Argentina, Brasil e Chile. Os resultados mostram uma realidade mais complexa do que a avançada pela evidência da hipercentralidade do inglês. A bibliodiversidade e o multilinguismo parecem ser mais a norma do que a exceção entre esses pesquisadores. Identificou-se entre eles um fluxo constante de publicações na língua nacional, bem como o uso de outros idiomas. Dado que esses resultados variam segundo o campo disciplinar e em relação com a formação de doutores no exterior, o artigo propõe uma visão mais matizada da dinâmica das práticas editoriais no Cone Sul.
Downloads
Referências
Aguado-López, Eduardo; Becerril-García, Arianna & Godínez-Larios, Sheila. (2018), “Asociarse o perecer: la colaboración funcional en las ciencias sociales latinoamericanas”. Revista Española de Investigaciones Sociológicas, 161: 3-22. doi: https://doi.org/10.5477/cis/reis.161.3.
Badillo, A. (2021), El portugués y el español en la ciencia: apuntes para un conocimiento diverso y accesible. Madri, oei/Real Instituto Elcano.
Beigel, Fernanda. (2017), “Científicos periféricos, entre Ariel y Calibán. Saberes institucionales
y circuitos de consagración en Argentina. Las publicaciones de los Investigadores del Conicet” (publicado en español y en inglés). Dados: Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 60 (3): 825-865.
Beigel, Fernanda. (2019), “Indicadores de circulación: Una perspectiva multi-escalar para medir la producción científico-tecnológica latinoamericana”. Ciencia, Tecnología y Política, 2 (3), 028. https://doi.org/10.24215/26183188e028.
Beigel, F.; Gallardo, O. & Bekerman, F. (2018), “Institutional expansion and scientific development in the periphery: The structural heterogeneity of Argentina’s academic field”.
Minerva, 1-27. https://doi.org/https://doi.org/10.1007/s11024-017-9340-2. Beigel, F. & Bringel, B. (2022), forthcoming.
Bourdieu, Pierre. (1979), “Les trois états du capital culturel”. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 30: 3-6.
Bourdieu, P. (2003), El oficio del científico. Barcelona, Anagrama.
Chardenet, P. (2012), “Langues et savoirs: perceptions et réalités du capital linguistique dans la circulation des connaissances”. Coloquio Circulación Internacional del Conocimiento. México, Cinvestav-IIESU.
Curry, M. J. & Lillis, T. (2022), “Multilingualism in academic writing for publication: Putting English in its place”. Language Teaching: 1-14 doi:10.1017/S0261444822000040.
De Swaan, Abram. (2002), The world language system. A political sociology and political economy of language. Cambridge, Polity Press.
Gantman, Ernesto. (2011), “La productividad científica argentina en ciencias sociales: economía, psicología, sociología y ciencia política en el Conicet (2004-2008)”. Revista Española de Documentación Científica, 34 (3): 408-425.
Gérard, Étienne & Wagner, Anne-Catherine. (20 mai 2015), “Introduction: Élites au Nord, élites au Sud: des savoirs en concurrence?”. Cahiers de la Recherche sur l’Education et les Savoirs [En ligne], 14. Disponível em: http://journals.openedition.org/cres/2722, consulado em 19/01/2022.
Gerhards, Jürgen. (2014), “Transnational linguistic capital: Explaining English proficiency in 27 European countries”. International Sociology, 29 (1): 56-74. doi: 10.1177/0268580913519461.
Gingras, Yves. (2002), “Les formes spécifiques de l’internationalité du champ scientifique”. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 141-142: 31-45.
Krashen, S. D. (2009), Principles and practice in second language acquisition. Retrieved from http://www/sdkrashen.com/.
Kreimer, P. & Vessuri, H. (2018), “Les sciences en Amérique latine. Tensions du passé et défis du présent”. In: Kleiche-Dray, Mina (dir.). Les ancrages nationaux de la science mondiale XVIIIe-XXI siècles. Paris, Éditions des Archives Contemporaines – ird Éditions, pp. 99-131.
Lillis, Theresa & Curry, Mary Jane. (2010), Academic writing in a global context: The politics and practices of publishing in English. Londres, Routledge.
Ortiz, Renato. (2009), La supremacía del inglés en las ciencias sociales. Buenos Aires, Siglo Ventiuno.
Piovani, Juan Ignacio. (2020), “Styles of academic production in the Argentine social sciences: heterogeneity and heterodoxy". Serendipities. Journal of the Sociology and the History of the Social Sciences, 4 (1-2): 27-48.
Vasen, F., & Lujano Vilchis, I. (2017), “National systems of classification of academic journals in Latin America: Recent trends and implications for academic evaluation in the social sciences”. Revista Mexicana de Ciencias Políticas y Sociales, 62 (231): 199-228.
Vessuri, H.; Guédon, J-C. & Cetto, A. M. (2014), “Excellence or quality? Impact of the current competition regime on science and scientific publishing in Latin America and its implications for development”. Current Sociology, 62 (5): 647-665.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juan Ignacio Piovani, Fernanda Beigel, Ana Maria Almeida
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.