De Paraisópolis para o mundo: o vestido da miss universo e a potência da comunidade evidenciando o vestuário como manifestação sociocultural
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v15i1e213076Palavras-chave:
Moda, Miss Universo, Costurando Sonhos, ParaisópolisResumo
Este artigo aborda o vestuário da brasileira Julia Gama, vice-campeã da 69ª edição do concurso Miss Universo, que trajou uma criação da estilista Michelly X, mulher transgênero. O vestido foi produzido pela iniciativa Costurando Sonhos, que capacita mulheres vítimas de agressão doméstica, em Paraisópolis, São Paulo. O caráter efêmero da moda culmina em um sistema de significados passageiros, em que o indivíduo se comunica com a sociedade e expressa sua identidade por meio de roupas e produtos. É possível aplicar o entendimento do trickle-up, apontado por McCracken, como imperativo para o conhecimento do contexto cultural-social em que os fenômenos de imitação e diferenciação ocorrem, uma vez que o vestuário tem uma forte função comunicacional, baseada na cultura na qual se estabelece.
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