Apego materno-fetal e fatores inter-relacionados em gestantes assistidas na Atenção Primária à Saúde
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.7104.4405Palavras-chave:
Gestantes; Relações Materno-Fetais; Atenção Primária à Saúde; Inquéritos Epidemiológicos; Análise Multivariada; Enfermagem em Saúde ComunitáriaResumo
Objetivo: analisar o apego materno-fetal e os fatores inter-relacionados em gestantes assistidas na Atenção Primária à Saúde. Método: inquérito epidemiológico seccional, de base populacional e analítico. Foi investigada a amostra de 937 participantes, assistidas por equipes da Estratégia Saúde da Família. Avaliaram-se apego materno-fetal (desfecho), variáveis sociodemográficas e clínicas, apoio social, funcionalidade familiar, sintomas depressivos e estresse percebido. Foi adotada análise multivariada por meio da modelagem com equações estruturais. Resultados: o apego materno-fetal apresentou média de 92,6 (DP=±15,3). O modelo estrutural ajustado evidenciou que os seguintes fatores exerceram efeito direto sobre o desfecho: semanas gestacionais (β=0,29; p<0,001), aglomeração do domicílio (β=-0,07; p=0,027), sintomas depressivos (β=-0,11; p=0,003), apoio social (β=0,08; p<0,001) e funcionalidade familiar (β=0,19; p<0,001). Foram identificados efeitos indiretos do apoio social (β=-0,29; p<0,001) e da funcionalidade familiar (β=-0,20; p<0,001), mediados pelos sintomas depressivos. Conclusão: identificou-se um conjunto de inter-relações entre apego materno-fetal, semanas gestacionais, aglomeração domiciliar, sintomas depressivos, apoio social e funcionalidade familiar. Sugere-se que a Estratégia Saúde da Família oferte uma atenção pré-natal ancorada na integralidade e humanização, que propicie o bem-estar biopsicossocial na gravidez e o apego materno-fetal saudável.
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