Saúde sexual de mulheres seis meses após um evento de morbidade materna grave

Autores

  • Lisiane Camargo Alves Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. https://orcid.org/0000-0002-9757-8313
  • Jessica Ribeiro Costa Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem http://orcid.org/0000-0002-3688-0201
  • Juliana Cristina dos Santos Monteiro Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem http://orcid.org/0000-0001-6470-673X
  • Flávia Azevedo Gomes-Sponholz Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem http://orcid.org/0000-0003-1540-0659

DOI:

https://doi.org/10.1590/1518-8345.3500.3293%20

Palavras-chave:

Morbidade, Sexualidade, Gravidez, Complicações na Gravidez, Período Pós-Parto, Enfermagem

Resumo

Objetivo: investigar a função sexual feminina em mulheres seis meses pós-parto e comparar a função sexual entre mulheres que tiveram e que não tiveram morbidade materna grave (MMG). Método: estudo transversal, com 110 mulheres no período pós-parto, com e sem MMG. Foram utilizados dois instrumentos, um para caracterização das variáveis sociodemográficas e obstétricas e o Female Sexual Function Index (FSFI) para a função sexual. Foram realizadas análises univariada, bivariada e modelo de regressão. Resultados: os escores do FSFI mostraram 44,5% de disfunção sexual feminina, sendo 48,7% entre as mulheres que tiveram MMG e 42,0% entre as que não tiveram. Houve diferenças significativas entre idade (P=0,013) e duração da gravidez (P<0,001) entre as mulheres com ou sem MMG. Dentre os casos de MMG, os distúrbios hipertensivos foram os mais frequentes (83%). Obteve-se associação entre alguns domínios do FSFI e as variáveis: orgasmo e cor autorreferida, satisfação e tempo de relacionamento, e dor e MMG. Conclusão: mulheres brancas têm maior dificuldade de atingir orgasmo quando comparadas com mulheres não-brancas e mulheres com mais de 120 meses de relacionamento sentem-se mais insatisfeitas com a saúde sexual do que mulheres com menor tempo de relacionamento. Mulheres que tiveram algum tipo de MMG apresentam mais dispareunia quando comparadas com mulheres que não tiveram MMG.

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Publicado

2020-02-23

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Saúde sexual de mulheres seis meses após um evento de morbidade materna grave. (2020). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 28, e3293. https://doi.org/10.1590/1518-8345.3500.3293