A morfologia dos vasos Jê na produção de cauim de milho em Vereda III: uma proposição
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2016.137288Palabras clave:
Arqueobotânica, Fermentação, Cauim de milho, Jê, Vasos cerâmicos.Resumen
A análise arqueobotânica focada em grânulos de amido extraídos de vasos cerâmicos e um artefato lítico exumados em Vereda III, MG revelou a presença generalizada do milho (Zea mays sp). Um estudo prévio realizado com os artefatos havia detectado marcas de uso típicas da fermentação em alguns vasos, assim, levantou-se a possibilidade de que mais vasos teriam sido utilizados na produção de cauim de milho. Tratou-se de compreender a produção dessa bebida/alimento nas suas múltiplas possibilidades através de relatos históricos, etnografias, informações tecnológicas e testes com fermentação. Os efeitos tafonômicos das distintas etapas do processo sobre os grânulos de amido de milho foram pesquisados em literatura e através de testes. Faz-se aqui uma proposição quanto à morfologia dos vasos Jê utilizados na elaboração do cauim de milho, pensada a partir do cruzamento de 2 tipos de evidências: o estudo dos microvestígios contidos nos artefatos arqueológicos e as marcas de uso nos vasos.
Descargas
Referencias
Babot, M.P. 2003. Starch grain damage as an indicator of food processing. In: Hart, D.M., Wallis, L.A. (Orgs.), Phytoliths and starch research in the Australian-Pacific-Asia regions. Australian National University, Terra Australis.
Babot, M.P. 2007. Granos de almidón en contextos arqueológicos: posibilidades y perspectivas a partir de casos del noroeste argentino. In: Marconetto, B., Babot, P., Oliszewski, N. (orgs.). Paleoetnobotánica del cono Sur: Estudios de casos y propuestas metodológicas. Córdoba: Ferreyra Editor. 95-125pp.
Brochado, J.P. 1977. Alimentação na floresta tropical. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Caderno n° 2. Coil, J.; Korstanje, M.A.; Archera, S.; Hastorf, C. 2003. Laboratory goals and considerations for multiple microfossil extraction in archaeology. Journal of Archaeological Science, 30: 991-1008.
Freireyss, G.W. (1906). Viagem ao interior do Brasil nos anos de 1814-1815. Revista do Instituto Historico e Geographico de São Paulo XI: 158-228. Disponível em: http:// biblio.etnolinguistica.org/freireyss_1906_ viagem; Acessado em: 17/03/2015.
Gardiman, G.G. 2014. Vereda III: uma análise paleoetnobotânica. Monografia de graduação. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Giovannetti, M.; Capparelli, A.; Pochettino,
M.L. 2008. La Arqueobotánica en Sudamérica. ¿Hacia un equilibrio de enfoques? Discusión en torno a las categorías clasificatorias y la práctica arqueobotánica y paleoetnobotánica. In: Archila, S., Giovannetti, M., Lema, V. (Eds.). Arqueobotánica y Teoria Arqueológica: discussiones desde Suramérica. Universidad de los Andes, Facultad de Ciencias Sociales, Departamento de Antropología, CESO, Ediciones Uniandes, Bogotá, 17-34.
Haslam, M. 2004. The decomposition of starch grains in soils: implications for archaeological residue analyses. Journal of Archaeological Sciences, 31: 1715-1734. Henry, A.G.; Hudson, H.F.;
Piperno, D.R. 2009 Changes in starch grain morphologies from cooking. Journal of Archaeological Sciences, 36: 915-922. Hoehne, F.C. 1937. Botânica e agricultura no Brasil do século XVI. Pesquisas e contribuições. Série 5a Brasiliana vol.71. Companhia Editora Nacional, São Paulo.
Juan-Tresserras, J. 1998. La cerveza pré-histórica: investigaciones arqueobotânicas y experimentales. In: Maya, J.L., Cuesta, F., López, J. (eds.) Genó: um poblado del Bronce Finalen el Bajo Segre (Lleida). Publicacions Universitat de Barcelona, Barcelona, 239-252. Lima, O.G. 1975. Pulque, balchê e pajauaru. Na etnologia das bebidas e dos alimentos fermentados. Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Neves, W.A.; Kipnis, R.; Araújo, A.; Piló, L.B.; Hubbe, M.O.; Gonçalves, D.; Gloria, P.T.; Hubbe, A.C.; Castro de Oliveira, E.;
Auti, J.P.V. (2004). Origens e microevolução do homem na América: uma abordagem paleoantropológica. Relatório. FAPESP, São Paulo.
Neumann, M.A. 2008. Ñande-Rekó. Diferentes jeitos de ser Guarani. Dissertação de mestra do. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Noelli, F.S; Brochado, J.P. 1998. O cauim e as beberagens da guarani e tupinambá: equipamentos, técnicas de preparação e consumo. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 8: 117-128.
Rodrigues, 2011. Fora das grandes aldeias: A ocupação do recôndito sítio arqueológico Vereda III. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Spix, J.B.; Martius, C.F.P. 1824. Travels in Brazil in the years 1817-1820 (Lloyd, H.E., trad.). Longman, Hurst, Rees, Orme, Brown and Green: London. Disponível em: http:// www.etnolinguistica.org/biblio:spix-martius-1824-travels.
Vinton, S.D.; Perry, L.; Reinhard, K.J.; Santoro, C.M.; Teixeira-Santos, I. 2009. Impact of Empire Expansion on Household Diet: The Inka in Northern Chile’s Atacama Desert. PLoS ONE 4(11): e8069. doi: 10.1371/journal.pone.0008069.
Wied-Neuwied, M.P. 1942. Viagem ao Brasil nos anos de 1815 a 1817. Mendonça, Edgard S.; Figueiredo, Flavio P. (trads.). Brasiliana. Série 5a , vol.1. Disponível em: http://www. brasiliana.com.br/obras/viagem-ao-brasilnos-anos-de-1815-a-1817.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Gilberto G. Gardiman, Igor Morais Mariano Rodrigues, Leandro M. Cascon, Andrei Isnards
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.