Irmãs em conflito: música e texto em Elektra (1909) de Richard Strauss
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v20i2.169716Palavras-chave:
Richard Strauss, Elektra, Música e Texto, Leitmotif Perspectival, ChrysothemisResumo
Este artigo analisa a primeira conversa de Chrysothemis com sua irmã (“Elektra!/Ich kann nicht sitzen und ins Dunkel starren”), na ópera Elektra (1909) de Richard Strauss e Hugo von Hofmannsthal. O artigo identifica uma tensão entre música e texto na caracterização da personagem Chrysothemis: enquanto o texto de Hofmannsthal tende a aproximar as irmãs ao utilizar imagens que aludem à herança familiar comum a ambas, a música de Strauss – por meio de mudanças de estilo e desenvolvimento harmônico-melódico – apresenta as irmãs em polos diametralmente opostos diante da tragédia familiar. O artigo também investiga a ontologia dos leitmotifs de Klytämnestra, cuja utilização perspectival diagnostica uma desigualdade de poder entre Elektra e Chrysothemis em relação à orquestra.
Downloads
Referências
ABBATE, Carolyn. “Elektra’s Voice: Music and Language in Elektra” in Richard Strauss: Elektra, ed. Derrick Puffett. Cambridge: Cambridge University Press, 1989, p. 107-27.
ADORNO, Theodor W. “Musik, Sprache, und ihr Verhältnis im gegenwärtigen Komponieren.” Jahresing, Stuttgart, 1956, p. 56-57.
BAYERLEIN, Sonja. Die Drei Frauengestalten in der Opera Elektra. Tutzing: Hans Schneider, 1996.
BONNELLIER, Rosaline. “Le poète et l’opéra : à propos d’Elektra, tragédie en un acte d’Hugo von Hofmannsthal, musique de Richard Strauss (1909) », L’Esprit du temps, vol 129, no. 4, 2014, p. 159-170.
CHESSICK, Richard. “On the Unique Impact of Richard Strauss’ Elektra.” American Journal of Psychotherapy, Vol. XLII, no. 4, 1988, p. 585-596.
CRAFT, Robert. Current Convictions. New York: Alfred A. Knopf, 1977.
DAHLHAUS, Carl. Die Musik der 19. Jahrhunderts. Wiesbaden: Akademische Verllagsgesellschaft Athenaion, 1980, p. 291-293.
DEL MAR, Norman. Richard Strauss: A Critical Commentary on his Life and Works: Volume One. Ithaca: Cornell University Press, 1962.
KIVY, Peter. “Musical Morality.” In Antithetical Arts: On the Ancient Quarrel between Literature and Music, 215-34. Oxford: Oxford University Press, 2009.
KRAMER, Lawrence. “Fin-de-siècle Fantasies: Elektra, Degeneration and Sexual Science.” Cambridge Opera Journal, Vol. 5, No. 2, 1993, p. 141-165.
PUFFET, Kathryn Bailey. Derrick Puffet on Music. New York: Routledge, 2001.
PUFFETT, Derrick. “The Music of Elektra: Some Preliminary Thoughts” in Richard Strauss: Elektra. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
STRAUSS, Richard. Elektra. New York: Dover Publications, 1991, comp. 1906-8.
TARUSKIN, Richard. “The Danger of Music and the Case for Control.” In The Danger of Music and Other Anti-Utopian Essays, 168-180. Berkeley: University of California Press, 2008.
WIKSHALAND, Stale. “Elektra’s Oceanic Time: Voice and Identity in Richard Strauss.” 19th-Century Music, vol. 31, no.2, 2007 p. 164-174.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 David Gomiero Molina

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a CC Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).