Berlin - Stadt des Todes. Carlos Cerda: Morir en Berlin
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-8837.pg.2003.64879Palavras-chave:
Berlim literário, discurso urbano, mito, socialismo, exílio chilenoResumo
O autor chileno Carlos Cerda (1942-2001), que passou 12 anos do seu exílio em Berlin (1973-1985) - na parte que na época era a capital da República democrática alemã - publicou depois do seu regresso ao Chile Morir em Berlin (1993). O romance conta a história dum pequeno grupo de exilados chilenos para o qual Berlim é o lugar duma perda múltipla: perda da pátria, das convicções políticas e, no caso dos dois protagonistas Mario e Lorena, também a perda de sua união matrimonial. Somente o antigo membro do partido comunista, don Carlos, continua defendendo o socialismo real, negando todas as suas próprias necessidades subjetivas.
A Berlim dividida - esta é a hipótese deste artigo - não é somente a cena duma grande desilusão, mas a cidade se converte num lugar mítico de perda e de passagem da vida para a morte. Consequentemente a percepção da cidade se concentra em cenas e lugares que reforçam os mitos citados no próprio texto, principalmente o Fliegende Holländer (Holandês voador) de R. Wagner e a Medéia de Eurípedes.
A mitificação de Berlim - esta é outra hipótese do artigo - não é resultado dum ato arbitrário, e sim ela é provocada pelo conjunto dos discursos sobre a Berlim do século XX.
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