Representações identitárias em três livros didáticos de alemão como língua adicional: reflexões sobre as imagens de família
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-8837275360Palavras-chave:
análise de livro didático, representações étnico-raciais, decolonialidade, alemão como língua adicional, construção de significadosResumo
Neste artigo, discutimos as representações identitárias que orientam o ensino de língua alemã em uma amostra de três livros didáticos (DaF kompakt neu A1, Akademie Deutsch A+, Zeitgeist). Tendo como referencial teórico e metodológico a análise de imagens (Joly 2007), a perspectiva decolonial (Mignolo 2003, 2011; Maldonado-Torres 2007), os pressupostos da educação linguística crítica (Candau 2011, 2020) e as reflexões sobre representatividade étnico-racial, social e de gênero (Oniesko, Ferreira 2022), investigamos o potencial semiótico e discursivo dos materiais a partir do tema família. A análise qualitativo-interpretativa das imagens e propostas didáticas que compõem os materiais indica que os livros de editoras internacionais apresentam uma gama limitada de modelos familiares, o que pode reforçar estereótipos e promover um afastamento da realidade vivenciada pelo público local. Com os resultados e a análise do livro Zeitgeist, busca-se evidenciar a importância de projetos locais para o ensino de alemão, sobretudo no contexto acadêmico. Este estudo defende a relevância de abordagens didático-pedagógicas que envolvam uma perspectiva crítica e política, destacando que a ampliação das representações no material didático, tanto através de imagens como em seus aspectos discursivos, pode contribuir para uma maior participação e engajamento das estudantes nas diferentes práticas linguísticas na língua alvo.
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