Quando a porca torce o rabo: as notas de trabalho no processo criativo do estudo Preto, de Mário de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i23p11-31Palavras-chave:
notas de trabalho, Mário de Andrade, negro, processo de criaçãoResumo
Ao longo de 20 anos, Mário de Andrade dedicou-se a uma ampla pesquisa sobre o negro. O dossiê Preto que guarda a farta documentação é composto majoritariamente por notas de trabalho, aspecto que impulsionou o estudo que desenvolvi sobre esse tipo de manuscrito relevante no processo de criação. É comum encontrar este recurso no arquivo de Mário de Andrade (IEB-USP), como também é possível se deparar com notas de trabalho em acervos de outros escritores. Este artigo leva o leitor a conhecer meandros e revelações da criação do manuscrito Preto, guiado pelas notas de trabalho que conduzem, sobretudo, às leituras do autor de Macunaíma. A pesquisa, inacabada pela morte do escritor, guarda as versões de textos que formam os “Estudos sobre o negro”.Downloads
Referências
ANDRADE, M. de. Linha de cor. O Estado de S. Paulo. 29 mar. 1939.
ANDRADE, M. Música de feitiçaria no Brasil. Organização introdução e notas de Oneida Alvarenga. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1963.
ANDRADE, M. A Superstição da cor preta. Publicações médicas. São Paulo: jun./jul. de 1938.
ANDRADE, M. A Superstição da cor preta. Pensamento da América – Suplemento Panamericano d’A Manhã de 27 de setembro de 1942.
CARVALHO, R. de S. Edição genética de O sequestro da dona ausente de Mário de Andrade. São Paulo, 2001, 1 v. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – FFLCH-USP.
DIMAS, A. “Barco de proa dupla: Gilberto Freyre e Mário de Andrade”. In: FREYRE, G. Casa Grande & senzala. Edição crítica e coordenada por Guillermo Giucci (et al). São Paulo, Rio de Janeiro: ALLCA XX, 2002, p. 849-869.
GRÉSILLION, A.Elementos de crítica genética: ler os manuscritos modernos. Trad. Cristina de Campos Velho Birck et al. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
GRILLO, A. T. Processo de criação do estudo Preto, um inédito de Mário de Andrade. São Paulo, 2010. 2 v. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP.
HAY, L. A literatura dos escritores: questões de crítica genética. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
LOPEZ, T. A. Leituras e criação: fragmentos de um diálogo de Mário de Andrade. Manuscrítica, revista de crítica genética. São Paulo, APCG; Humanitas, n. 15, 2007, p.62-95.
LOPEZ, T. A. “A biblioteca de Mário de Andrade: seara e celeiro da criação”. In: ZULAR, R. (Org.). Criação em processo: ensaios de crítica genética. São Paulo: Iluminuras, 2002, p. 50-51.
MORAES, M. A. de.Orgulho de jamais aconselhar: a epistolografia de Mário de Andrade. São Paulo: Edusp, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Angela Teodoro Grillo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.