A desaparição do autor ao longo dos esboços de “Igitur”, de Mallarmé
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i16p25-40Abstract
Comparo três versões do primeiro parágrafo de “Le Minuit”, uma das partes do conto “Igitur”, de Stéphane Mallarmé. Por meio de transformações lexicais e sintáticas rastreia-se a desaparição das marcas do autor; curiosamente, seu sumiço é o tema do conto e um fundamento da escrita mallarmaica. A composição de “Igitur” inicia-se em 1869, quando Mallarmé tinha apenas 27 anos, e sua análise genética permite surpreender a gestação de uma escritura. Esta é indissociável de uma transformação na posição do sujeito, que desce ao inconsciente e, morto enquanto objeto ou marca lexical, assujeita-se ao Signo.Downloads
References
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