Le manuscrit pluriel et polymorphe
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i7p11-19Abstract
O que faz os manuscritos de criação artística a fonte de questões inesgotáveis é a densidade incomparável de informações que eles guardam. Essa densidade, que se apoia sobre aquela que caracteriza a obra de arte acrescentando componentes próprios, resulta de uma pluralidade semiótica: onde se entrecruzam sistemas múltiplos de sentido que cooperam e se contradizem, símbolos, ícones e índices, diagramas, partituras e scripts que se misturam; de uma pluralidade enunciativa: aquém do “falso” (Valéry) da obra acabada, escondendo, sob uma coerência fictícia, a multiplicidade de pontos de vista sucessivos, percebe-se uma subjetividade atomizada ao mesmo tempo que se encaminha em direção a uma unificação ortopédica - de uma pluralidade ou no mínimo de uma instabilidade axiológica: e o laboratório onde pode-se observar minuciosamente uma faceta essencial da construção do valor estético. Em que medida essas características são encontradas fora do manuscrito literário? Se a pluralidade semiótica é fácil de ser encontrada em outros espaços, a pluralidade enunciativa é menos evidente, quanto a instabilidade do sistema de valores estéticos, seria necessário determinar aquilo a que poderia corresponder.
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