A configuração do ethos poético de Orfeu em quatro variantes do mito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i53p56-79

Palavras-chave:

Narrativa, Crítica genética, Intertextualidade, Variações, Gênero discursivo

Resumo

O mito de Orfeu possui uma potência narrativa que gerou a repetição de sua história ao longo do tempo, tornando-se um marco importante para a cultura ocidental, desde a antiguidade até os dias atuais. Essas narrativas deram origem a diferentes versões que mantêm os pontos cruciais do mito e adicionam elementos particulares de interesse para seu estudo, a partir dos contextos de produção em que essas variantes surgiram. Neste trabalho, buscamos analisar os trechos que se referem à descida de Orfeu ao submundo em diferentes versões presentes nos seguintes textos: “Geórgicas IV” (453-565), de Virgílio; “Metamorfoses X” (1-84), de Ovídio; “Orfeu e Eurídice”, uma versão para crianças de Alicia García Herrera; e a peça teatral “Orpheus and Eurydice”, de Edward Eaton. Nossa hipótese estabelece que todas as versões do texto, apesar das diferenças narrativas e genéricas que apresentam, concentram-se na configuração de Orfeu como poeta, no desenvolvimento de um ethos poético para este personagem. Nesse sentido, será importante para nossa análise comparar versões do mito que reflitam os gêneros literários aos quais se vinculam, a fim de tentar reconstruir a matriz genética dessa história.

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Biografia do Autor

  • Ileana Kleinman, Universidad de Buenos Aires

    Licenciada en Letras por la Universidad de Buenos Aires. Profesora de Latín de la Universidad de Buenos Aires. Maestranda en Análisis del discurso por la Universidad de Buenos Aires.

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Publicado

2024-11-29

Como Citar

Kleinman, I. (2024). A configuração do ethos poético de Orfeu em quatro variantes do mito. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 53, 56-79. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i53p56-79