L’ancrage linguistique de la polyphonie
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v26i2p135-158Palavras-chave:
Polyphonie, L’ancrage linguistique, langue.Resumo
Les études linguistiques de la polyphonie fleurissent et il semble plus important que jamais d’essayer de creuser la conception de la langue qui sous-tend l’application de cette métaphore. Constatons tout d’abord que le point de départ de toute théorie de la polyphonie linguistique semble être l’hypothèse selon laquelle la polyphonie des énoncés laisse des traces au niveau de la langue. C’est cette hypothèse qui rend son étude intéressante pour le linguiste. Mais de quelle nature sont ces traces ? Je vais défendre l’hypothèse que la polyphonie est ancrée dans la forme linguistique même, ou plus précisément, que le système linguistique, la langue engendre des indications concernant le sens polyphonique des énoncés. L’article se compose de trois parties. Dans la première, j’étudie la notion d’ancrage linguistique et en propose une formalisation et une méthode pour son étude. Dans la deuxième, je donne une brève introduction à la ScaPoLine (la théorie SCAndinave de la POlyphonie LINguistiquE) qui applique cette méthode, et dans la troisième, je propose quelques analyses d’exemples concrets de polyphonie.Downloads
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