Influência do sobrepeso e da obesidade na postura, na praxia global e no equilíbrio de escolares
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.44937Palabras clave:
criança, obesidade, postura, equilíbrio postural, sobrepeso, fisioterapiaResumen
O presente estudo teve como objetivo avaliar escolares com sobrepeso ou obesidade, na faixa etária de seis a doze anos de idade, quanto ao equilíbrio, à praxia global e às alterações posturais na coluna e nos membros inferiores decorrente da sobrecarga. Participaram do estudo 34 escolares (27 meninas e sete meninos) matriculados em uma escola estadual de Uberaba/MG, com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade infantil segundo Índice de Massa Corporal (IMC). Para avaliação da praxia global e do equilíbrio foi utilizada a Bateria Psicomotora de Fonseca; e da postura uma ficha de avaliação baseada em Kendall. A análise dos dados baseou-se na estatística descritiva simples através do método de porcentagem, e nos testes paramétricos de Kolmogorov-Smirnov para verificar normalidade da amostra e t Student para verificar a diferença entre os grupos, considerando o nível de significância de 5% ( p< 0,05). Os resultados demonstraram alterações posturais em ambos os grupos, equilíbrio estático se apresentou sem diferença significativa. No equilíbrio dinâmico houve diferença significativa, caracterizando o grupo sobrepeso com perfil psicomotor hiperpráxico, enquanto os obesos mostraram-se eupráxicos. Na avaliação da praxia global, houve diferença significativa entre os grupos em três subfatores: coordenação óculo-pedal (p = 0,022); dissociação de membros superiores (p = 0,042) e de membros inferiores (p = 0,045). Quanto à dissociação de membros inferiores e superiores, verificou-se perfil psicomotor eupráxico no grupo com sobrepeso e dispráxico nos obesos. Quanto à coordenação óculo-pedal, ambos mostraram-se dispráxicos. Os resultados obtidos indicam que o sobrepeso e a obesidade infantil podem alterar a postura, o equilíbrio e a praxia global.Descargas
Referencias
Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento de Nutrologia. Obesidade na infância e adolescência – manual de orientação. São Paulo; 2008. 120 p.
De Oliveira CL, Fisberg M. Obesidade na infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arq Bras Endocrinol Metab.2003;47(2):107-8.
Monteiro CA, Lenise M, Ana LMS, Barry MP. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: Monteiro CA. Velhos e novos males da saúde no Brasil: evolução do país e as doenças. 2 ed. São Paulo: Hucitec; 2000. p. 247-255.
Soares D, Petroski EL. Prevalência, fatores etiológicos e tratamento da obesidade infantil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2003;5(1):63-74.
Brum KO, Neto FR. O perfil motor de escolares obesos. Rev Digital [Internet]. 2009 [citado 2009 Ago 28];14(134). Disponível em: http://www.efdeportes.com/.
Oliveira AM, Cerqueira EM, Souza JS, Oliveira, AC. Sobrepeso e obesidade infantil: influência de fatores biológicos e ambientais em Feira de Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003;47:144-50.
Silva GA, Balaban G, Motta ME. Prevalence of overweight and obesity in children and adolescents of different socioeconomic conditions. Rev Bras Saúde Matern Infant.2005;5:53-9.
Abrantes MM, Lamounier JA, Colosimo EA. Overweight and obesity prevalence among children and adolescents from Northeast and Southeast regions of Brazil. J Pediatr. 2002;78:335-40.
Ferreira AF, Oliveira CER, França NM. Síndrome metabólica em crianças obesas e fatores de risco para doenças cardiovasculares de acordo com a resistência à insulina (HOMA-IR). J Pediatr. 2007;83(5):21-6.
Salgado CM, Carvalhaes JTA. Hipertensão arterial na infância. J Pediatr. 2003; (79 Suppl 1):S115-124.
Constanzi CB, Halpern R, Rech RR, Bergmann LA, Alli LR, Mattos AP. Fatores associados a níveis pressóricos elevados em escolares de uma cidade de porte médio do sul do Brasil. J Pediatr. 2009;85(4):335-340.
Silva GA. Síndrome Obesidade-Hipoventilação Alveolar. In: Simpósio Distúrbios Respiratórios do Sono- Cap. IV. (Medicina, Ribeirão Preto, v. 2, n. 39, p.195-204, 2006).
Escrivão MAMS, Oliveira FLC, Taddei JAAC, Lopez FAA. Obesidade exógena na infância e na adolescência. J Pediatr. 2000;(76Suppl 3):S305-310.
Bruschini S, Nery CAS. Aspectos Ortopédicos da Obesidade na Infância e Adolescência. In: Fisberg M. Obesidade na infância e adolescência. São Paulo: Byk; 1995.p. 105-125.
Pazin J, Frainer DESF, Moreira D. Crianças obesas têm atraso no desenvolvimento motor. Rev Digital [Internet]. 2006 [citado 2009 Ago 28];11(101). Disponível em: http://www.efdeportes.com/.
Fonseca V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995. 371 p.
Fonseca V. Abordagem Psicobioló-gica. In:Fonseca V. Psicomotricidade – Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. Rio de Janeiro: Wak, 2009. p. 143-172.
D’Hondt E, Deforche B, Bour-deaudhuij ID, Lenoir M. Childhood obesity affects fine motor skill performance under different postural constraints. Neuroscience Letters. 2008; 440:72–75.
Nobre FSS, et al. Análise das oportunidades para o desenvolvimento motor(affordances) em ambientes domésticos no Ceará – Brasil. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2009;19(1):9-18.
World Health Organization. WHO Child Growth Standards. 2007 [cited 2009 Set25]. Disponível em: http://www.who.int/childgrowth/en/.
Kendall FP, Mccreary EK, Provance PG. Postura. In: Kendall FP, Mccreary EK, Provance PG. Músculos provas e funções. 5. ed. São Paulo: Manole; 2007. p. 49-117.
Kosti RI, Panagiotakos DB. The epidemicof obesity in children and adolescents in the world. Cent Eur J Public Health.2006;14:151-9.
Pierine DT, Carrascosa APM, Fornazari AC, et al. Composição, atividade física e consumo alimentar de alunos do ensino fundamental e médio. Rev Motriz. 2006;12(2): 113-124.
Simon VGN et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças de dois a seis anos matriculadas em escolas particulares no município de São Paulo. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2009;19(2):211-218.
Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle Postural. In: Shumway-Cook A,Woollacott MH Controle Motor- teoria aplicações práticas. São Paulo: Manole; 2003.p. 153-178.
Wearing SC, Hennig EM, Byrne NM, Steele JR, Hills AP. The impact of childhood obesity on musculoskeletal form. Obes Rev.2006;7:209-18.
Philippin NT, Sacco ICN, Barbosa VLP, Loboda Costa PHL. Estudo da distribuição das pressões plantares em crianças obesas: efeitos de um programa de intervenção. Rev Bras Educ Fís Esp. 2008;22(1):25-33.
McGraw B, McClenaghan BA, Williams HG, Dickerson J, Ward DS. Gait and postural stability in obese and non-obese pre pubertal boys. Arch Phys Med Rehabil. 2000;81:484-9.
Brody LT, Dewane J. Deficiência de Equilíbrio. In Hall CM, Brody LT. Exercício terapêutico na busca da função. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p.152-187.
BUENO JM. Desenvolvimento Neurológico. In: Bueno JM. Psicomotricidade, Teoria e Prática - Estimulação, Educação e Reeducação Psicomotora com Atividades Aquáticas. São Paulo: Lovise; 1998. p. 41-50.
Vitolo MR, Campagnolo PD. Fatores Determinantes para o Excesso de Peso em Crianças e Adolescentes. In: Vitolo MR. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio; 2008. p. 339-345.
Peixe AAF, Carvalho FA, Sarmento GJV. Avaliação de Fisioterapia Respiratória Pediátrica e Neonatal. In Sarmento GJV. Fisioterapia Respiratória em Pediatria e Neonatologia. São Paulo: Manole; 2007.p. 20-35.
Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. São Paulo; 2006. Epidemiologia da hipertensão arterial; p. 5-13.
Ferreira AF, Oliveira CER, França NM. Síndrome metabólica em crianças obesas e fatores de risco para doenças cardiovasculares de acordo com a resistência à insulina (HOMA-IR). J Pediatr. 2007;83(5):21-6.
Silva MCP, Ramos CHB, Costa RF. Estado Nutricional e Níveis Pressóricos de Escolares Adolescentes da Cidade de Cubatão –SP, Brasil. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2008;18(3):288-297.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis