O Ato Autobiográfico como Estratégia: O caso dos pintores italianos da primeira metade do século XX
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i47p101-119Palavras-chave:
Autobiografia, Massimo Campigli , Gino Severini , Giorgio De Chirico , Carlo CarràResumo
O ato autobiográfico é parte de uma estratégia utilizada pelos artistas modernos como forma de assegurar que sua visão dos acontecimentos seja preservada e julgada no futuro. Para que tal estratégia tenha sucesso, os artistas devem estabelecer uma relação de confiança com seus leitores, a fim de que possam garantir que sua versão dos fatos seja considerada a mais coerente e verdadeira. Com este artigo, propomos discutir alguns aspectos dos escritos autobiográficos de quatro pintores italianos: Carlo Carrà (La Mia Vita, 1943), Gino Severini (Tutta la vita di un pittore, 1946), Massimo Campigli (Scrupoli,1955) e Giorgio De Chirico (Memorie della mia Vita, 1960), trazendo à luz pontos de convergência e divergências entre eles. A escolha pelos quatro artistas se baseou na atuação dos mesmos durante o período fascista e nas relações estabelecidas com agremiações proeminentes, como: o Futurismo, a Pintura Metafísica, a Pintura Mural e os "Italianos de Paris" e por suas atividades enquanto teóricos da arte.
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