Zoppe: identidade e masculinidade negras em Adua, de Igiaba Scego

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i47p48-63

Palavras-chave:

Zoppe, Igiaba Scego, Masculinidades negras, Identidade

Resumo

O presente artigo pretende investigar a construção de identidade e masculinidade negras do personagem Zoppe, pai da personagem Adua do romance homônimo. Zoppe serve como tradutor e intérprete ao conde Anselmi no contexto dos anos 1930, pouco tempo antes da invasão italiana na Etiópia. Este estudo adotará como referencial teórico os intelectuais que pensaram a identidade (WOODWARD, 2014), sobretudo a identidade racial e a masculinidade negras (KILOMBA, 2019; FANON, 2020; FAUSTINO, 2014; hooks, 2019). Observamos através da análise do que Zoppe fala de si e do que falam sobre ele que o colonialismo e o racismo operam para desumanizar sujeitos racializados. O fato de Zoppe não conseguir trabalhar o luto da perda de sua amada Asha corrobora para os resultados deste estudo que indicam que o colonialismo produz subjetividades embrutecidas, não permitindo aos colonizados mergulharem nos seus próprios infernos (FANON, 2020).

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Biografia do Autor

  • Leonardo Vianna, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Leonardo Vianna possui graduação em Letras: português e italiano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado em Literatura italiana (UFRJ) e atualmente é doutorando em Literatura italiana pela mesma universidade. No doutorado, desenvolve uma pesquisa sobre identidade italiana e desconstrução de estereótipos de raça e gênero a partir dos romances da escritora Igiaba Scego.

Referências

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Publicado

22-12-2023

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Artigos

Como Citar

Silva, L. V. da. (2023). Zoppe: identidade e masculinidade negras em Adua, de Igiaba Scego. Revista De Italianística, 47, 48-63. https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i47p48-63