O circuito rap “indé” em Paris: dinâmicas socioterritoriais e mensagem ultramar
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2016.97502Palabras clave:
Rap ‘indé’, Paris, Dinâmicas Socioterritoriais, Circuitos da Economia Urbana, Lugar.Resumen
Aborda-se o circuito rap independente em Paris, o chamado “rap indé”, produção musical da cultura hip hop, constituída por materialidades e fluxos dinamizados por agentes cujas raízes estão em territórios ultramarinos. Lançando mão de um levantamento documental e bibliográfico, e, de uma série de entrevistas e visitas técnicas, problematiza-se a relação do hip hop com o lugar, e propõe-se uma análise do rap indé a partir da teoria dos circuitos da economia urbana nos países subdesenvolvidos. Observa-se que o circuito indé, fortalecido na Île-de-France, sobretudo desde meados dos anos 1990, mobiliza toda a região, tendo em Clignancourt, importante lugar de encontro e articulação. Sua produção dá-se em estúdios e selos de menor porte, caracterizando-se ainda por pequenas espessuras ligadas aos eventos musicais, e, divulgação e comercialização alternativas aos grandes circuitos da economia. Trata-se de um estudo buscando alternativas para pensar os modos de se analisar, a partir da música, as dinâmicas socioterritoriais na cidade contemporânea.
Descargas
Referencias
ALVES, C. N. O circuito hip-hop na Região Metropolitana de Campinas: para que o território e a arte digam algo sobre nossas vidas. Monografia (Graduação em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
ANDRADE, E. N. O movimento negro juvenil: um estudo de caso sobre os rappers de São Bernardo do Campo. Dissertação (Mestrado em Ensino e Educação Comparada) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.
BÉRU, L. Le rap français, un produit musical postcolonial? Volume !, v. 6, n. 1-2, p. 61-79, 2009.
BETTINELLI, S. Paesaggi di note: Bologna città della Musica. Dottorato (Qualità Ambientale e Sviluppo Economico Regionale) – Università Degli Studi di Bologna, Bologna, Italia, 2007.
BRUNET, R.; DOLLFUS, O. Mondes Nouveaux. Paris: Hachette/Reclus, 1990.
CALENGE, P. Les territoires de l’innovation: les réseaux de l’industrie de la musique en recomposition. Géographie, Économie, Société, Paris, v. 4, n. 1, p. 37-56, 2002.
CALOGIROU, C. Le Florida, lieu musical entre banlieue et centre-ville: l’exemple des rappeurs agenais. Les Annales de La Recherche Urbaine, n. 70, p. 48-57, 1996.
CARNEY, G. Geography of music: inventory and prospect. Journal of Cultural Geography, v. 10, n. 2, p. 35-48, 1990.
CARNEY, G. Bluegrass Grows all around: the spatial dimensions of a country music style. Journal of Cultural geography, v. 73, n. 4, p. 34-55, 1974.
CLAIRE, G. Géographie et musique: état des lieux, une proposition de synthèse. Geógraphie et Cultures, n. 59, p. 7-26, 2006.
DUBUS, C. Le rap, entre lieux et réseaux: États-Unis, France, Tanzanie. In: RAIBAUD, Y. (Dir.). Comment la musique vient aux territoires. Bordeaux: MSHA, 2009. p. 141-152.
GIBLIN, B. Dictionnaire des banlieues. Paris: Larousse, 2009.
GIBLIN, B. Dictionnaire des banlieues. Paris: Larousse, 2005.
GIRONCOURT, G. Un nouveau département à la géographie: la géographie musicale. La Géographie, Paris, n. 5-6, p. 292-302, 1927.
GOMES, R. L. Território usado e movimento hip-hop: cada canto um rap, cada rap um canto. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
GRANGENEUVE, L. L. Quelle musique pour les quartiers? deux équipements culturels controversies. Volume! (En ligne), v. 1, n. 2, p. 5-17, 2002.
GUIBERT, G.; PARENT, E. Introduction: Sonorités du hip-hop. Volume !, v. 3, n. 2, p. 5-16, 2004.
GUILLARD, S. Représenter sa ville: l’ancrage des identités urbaines dans le rap des Twin Cities. Cybergeo: revue européenne de géographie (En ligne), Paris, artigo 608, 2012. Disponível em: <http://cybergeo.revues.org/25357>. Acesso em : 21 fev. 2016.
HARTSHORNE, R. Propósitos e natureza da geografia. São Paulo: Hucitec, 1978.
HAMMOU, K. L’économie du rap français. In: FRANÇOIS, P. et al. La musique: une industrie, des pratiques. Paris: La Documentation Française, 2008. p. 134-152.
HOME, S. Assalto à cultura: utopia, subversão e guerrilha na (anti)arte do século XX. São Paulo: Conrad, 1999.
KEYES, C. L. At the crossroads: Rap music and its African nexus. Etnomusicology, v. 40, p. 222-248, 1996.
LA Vengeance. Direção: Mohamed Mehadji, Youssef Mehadji. Produção: Elodie Antonetti, Mohamed Mehadji. Paris: Truand La Galère, 2011. (126 min).
LA Verité sur le Rap Indé. Direção: Sinox. Produção: Sinox. Paris: Medy Zoo, 2010. (260 min).
LÉVY, J. Le tournant geógraphique: Penser l’espace pour lire le monde. Paris: Mappemonde, 1999.
MOREIRA, R. Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico sobre o mundo. ETC: Espaço, Tempo e Crítica, v. 1, n. 1(3), p. 55-70, 2007.
PUMA, C. Le rap français. Paris: Hors Collection, 1997.
RAIBAUD, Y. Les fêtes musicales: experiénce de la ville et performativité. Geógraphie et Cultures, p. 87-104, 2006. Disponível em: <https://halshs.archives-ouvertes.fr/halshs-00333346/>. Acesso em: 8 fev. 2016.
RÉRAT, P. Le rap des steppes: l’articulation entre logiques globales et particularités locales dans le hip-hop mongol. Géographie et cultures, n. 59, p. 43-55, 2006.
ROMAGNAN, J.-M. La musique: un terrain nouveau pour les géographes. Géographie et cultures, n. 36, p. 107-126, 2000.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, M. Por uma epistemologia existencial. In: ARROYO, M. (Org.). Questões territoriais na América Latina. São Paulo: Clacso, 2006. p. 2-8.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997.
SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. São Paulo: Hucitec, 1994.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
SILVEIRA, M. L. Economia política e ordem espacial: circuitos da economia urbana. In: SILVA, C. A. Território e ação social: sentidos da apropriação urbana. Rio de Janeiro: Faperj/Lamparina, 2011. p. 35-51.
STÉBÉ, J.-M. La crise des banlieues. Paris: PUF, 1999.
TOUCHÉ, M. Les lieux de répétition des musiques amplifiées: défaut d’équipement et malentendus sociaux. Les Annales de La Recherche Urbaine, n. 70, p. 58-67, 1996.
ZOBDA-ZEBINA, M. Dancehall aux Antilles, rap en France hexagonale. Volume !, v. 6, n. 1-2, p. 47-58, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Cristiano Nunes Alves
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).