Alfred Sohn-Rethel e a técnica napolitana: Uma chave para leitura da experiência da “Escola de Frankfurt” e das contradições da tecnologia nas periferias

Autores

  • Thiago Ferreira Lion Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v25i4p163-174

Palavras-chave:

Alfred Sohn-Rethel, Escola de Frankfurt, técnica, forma mercadoria, periferia

Resumo

Este artigo analisa, principalmente a partir do texto Das Ideal des Kaputten: Über neapolitanische Technik do filósofo alemão Alfred Sohn-Rethel, a contradição entre o desenvolvimento da técnica no capitalismo e sua utilização “quebrada”, isto é, como “gambiarra”, na periferia do sistema. Nesse sentido, a atrasada Nápoles dos anos 1920 serve como contraste à organização da realidade pelo desenvolvimento mais acabado da forma mercadoria na Alemanha, resultando numa experiência que parece ter influenciado profundamente o pensamento da “Escola de Frankfurt”. A apreensão de tal dinâmica parece-nos ainda hoje permitir entender aspectos do desenvolvimento capitalista nas periferias do mundo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adorno, T. et Sohn-Rethel, A. (1991). Theodor W. Adorno und Alfred Sohn-Rethel Briefwechsel 1936-1969. München: Kritik GmbH.

Agamben, G. (2005). Profanações. São Paulo: Boitempo.

Agamben, G. (2011). Nudities. Stanford University Press.

Benjamin, W. (1925). Über die Porösität in der neapolitanischen Architektur. Frankfurt: Frankfurter Zeitung, 19.8.1925. Recuperado de http://napolitrip.com/2017/09/12/walter-benjamin-uber-die-porositat-der-neapolitanischen-architektur/. Acesso em 21 de abril de 2020.

Freytag, C. (2009). Alfred Sohn-Rethel in Italien: 1924-1927. In Alfred Sohn- Rethel, Das Ideal des Kaputten. Bremen: Edition Bettina Wassman.

Hegel, G.W.F. (1985). Philosophy of Religion. Volume 1. London: Kegan Paul, Trench, Trübner e Co Ltda.

Hegel, G. W. F. (2002). Fenomenologia do Espírito. 6. ed. Petrópolis: Vozes.

Horkheimer, M. (2003). Eclipse da Razão. São Paulo: Ed. Centauro.

Lévi-Strauss, C. (1989). O Pensamento Selvagem. Campinas: Papirus.

Marx, K. (1983). O capital: Crítica da Economia Política. Livro I, São Paulo: Abril Cultural.

Marx, K. et Engels, F. (2007) A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo.

Sohn-Rethel, A. (1978). Intellectual and Manual Labour: a critique of epistemology. London: Macmillan.

Sohn-Rethel, A. (1978-II). Economy and Class Structure of German Fascism. London: CSE Books.

Sohn-Rethel, A. (2009). Das Ideal des Kaputten. Über neapolitanische Technik. Primeira Impressão: Frankfurter Zeitung 21.3.1926, Erstes Morgenblatt. Republicado em: Sohn-Rethel, A. Das Ideal des Kaputten. Edition Bettina Wassman.

Žižek, S. (1998). Como Marx inventou o sintoma? In Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto.

Downloads

Publicado

2020-12-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Lion, T. F. (2020). Alfred Sohn-Rethel e a técnica napolitana: Uma chave para leitura da experiência da “Escola de Frankfurt” e das contradições da tecnologia nas periferias. Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 25(4), 163-174. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v25i4p163-174