Tecnologias sociais: um novo modo de fazer e pensar é possível
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2024.219246Palavras-chave:
Tecnologias sociais, Ciência & Tecnologia, Educação, Cidadania, CiberculturaResumo
Este artigo aborda o tema das tecnologias sociais como base sustentável do desenvolvimento das coletividades e dos indivíduos e que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida, bem como fornecer soluções inovadoras para desafios sociais e ambientais. Investigamos as causas, dimensões e as deficiências que limitaram o progresso tecnológico e científico até meados do século 20 e descreve os desdobramentos teóricos que contribuíram para a constituição do marco conceitual da tecnologia social, cuja origem remonta à incorporação do movimento da tecnologia apropriada que sofreu inúmeras críticas, e também recebeu outras tantas contribuições. Como consequência dessas tensões e transformações, surgem novos protagonistas na década de 1990 e uma pluralidade e diversificação de reivindicações singulares, individuais e grupais, de par com a proliferação de novas formas de associativismo e de associação voluntária. Ligado à luta, à resistência, à afirmação da participação na vida coletiva, esse protagonismo foi retomado em várias áreas da ação social, servindo para redefinir o caráter das diferentes ações, bem como o estatuto e as relações de sujeitos que atuam com tecnologias sociais.
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