Críticas ao lugar de fala mantém interdição às narrativas de mulheres negras
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2023.220366Keywords:
Black columnists, Counter-hegemonic discourses, Media, Standpoint, Structural racismAbstract
In this article, I resume the concept of ‘standpoint,’ a notion mainly defended by black feminisms in Brazil, against the persistent denial by the hegemonic media of rejecting structural racism in their news productions. In this context, the criticisms, mostly limited to identity arguments or reverse silencing, disregard the historical absence of racial content in the narratives published in mainstream media, thus nullifying a racial ‘standpoint.’ As an example, I note the low number of black columnists that exercise their standpoint in print and digital media and thus interfere in public opinion. I offer a critical analysis of how the discourses of black and anti-racist feminisms are ‘cancelled’ creating a negotiation threshold that does not exceed the greater presence of black journalists, mainly on Brazilian TV, which is a novelty despite barriers.
Downloads
References
ALMEIDA, Sílvio. Racismo estrutural. 1a ed. São Paulo: Jandaíra, 2019.
ASSIS, Dayane Nayara Conceição de. Interseccionalidades. Salvador: Superintendência de Educação a Distância, 2019. E-book. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/30892/1/eBook%20-%20Interseccionalidades.pdf. Acesso em: 14 fev. 2024.
ASSIS, Dayane Nayara Conceição de. E se eu falar, você me escuta? In: ASSIS, Dayane Nayara Conceição de; GILMARO, Nogueira; TRÓI, Marcelo de (org.) Lugar de fala: conexões, aproximações e diferenças. 1a ed. Simões Filho: Devires, 2021. p. 15-20.
CHRISTOFOLETTI, Rogério. A crise do jornalismo tem solução? São Paulo: Editora Estação das Letras e Cores, 2019. (Coleção Interrogações).
COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento feminista negro. Tradução Jamille Pinheiro Dias. 1a ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
CURIEL, Ochy. Descolonizando el feminismo: una perspectiva desde America Latina y el Caribe. In: COLOQUIO LATINOAMERICANO SOBRE PRAXIS Y PENSAMIENTO FEMINISTA. 1., 2009, Buenos Aires. Anais […]. Buenos Aires: Igarss, 2009.
FENAJ – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS. Quem é o jornalista brasileiro? Perfil da profissão no Brasil. Brasília, DF: 2012. Disponível em: https://perfildojornalista.paginas.ufsc.br/files/2013/04/Perfil-do-jornalista-brasileiro-Sintese.pdf. Acesso em: 8 jan. 2023.
FRANKENBERG, Ruth. A miragem de uma branquidade não-marcada. In: WARE, Vron (org.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Tradução Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 2004. p. 307-338.
CANDIDO, Marcia Rangel; VIEIRA, Lidiane. Negros nos jornais brasileiros. GEMAA, GRUPO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES DE AÇÃO AFIRMATIVA, Rio de Janeiro, jun. 2020. Disponível: http://gemaa.iesp.uerj.br/infografico/negros-nos-jornais-brasileiros/. Acesso em: 29 ago. 2021.
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/93, jan/jun 1988, p. 69-82.
GROSFOGUEL, Rámon. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentaliza. In: COSTA, Joaze Bernardino; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Coleção Cultura Negra e Identidades. São Paulo: Autêntica, 2018. p. 55-77.
HAIDER, Asad. Armadilha da identidade. Raça e classe nos dias de hoje. São Paulo: Veneta, 2019.
HOOKS, bell. Olhares negros: raça e representação. 1a ed. São Paulo: Elefante, 2019. p. 31-63.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Tabela 6403 – população, por cor ou raça. 2021. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6403#resultado. Acesso em: 29 ago 2021.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. 1a ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
OLIVEIRA, Dennis. Racismo estrutural. uma perspectiva histórico-crítica. 1a ed. São Paulo: Dandara, 2021.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula (org.). Epistemologias do sul. 1a ed. 4a imp. São Paulo: Cortez, 2010. p. 73-118.
SANCHES, Júlio César. O lugar de fala é uma experiência carnal. In: ASSIS, Dayane Nayara Conceição de; GILMARO, Nogueira; TRÓI, Marcelo de (org.). Lugar de fala: conexões, aproximações e diferenças. Simões Filho: Devires, 2020. p. 43-47.
SANTOS, Boaventura de Souza, MENESES, Maria de Paula (org). Epistemologias do sul. Lisboa: Almedina, 2009.
SANTOS, Carmen Marilú Silva dos. Tranças nagô: penteados que reforçam o discurso identitário de negros/as gaúchos/as. Trabalho de Conclusão de Curso – Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
SOVIK, Liv. A branquitude e o estudo da mídia brasileira: algumas anotações a partir de Guerreiro Ramos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 25., 2002, Salvador. Anais […]. São Paulo: Intercom, 2002.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TEIXEIRA, Analba Brazão; SILVA, Ariana Mara da; FIGUEIREDO, Ângela. Um diálogo decolonial na colonial cidade de Cachoeira/BA: Entrevista com Ochy Curriel. Cadernos de Gênero e Diversidade, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 106-120, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/24674. Acesso em: 13 ago. 2021.
VILLANUEVA, Erick R. Torrico. La rehumanización, sentido último de la decolonización comunicacional. Revista Aportes de la Comunicación y la Cultura, Santa Cruz de la Sierra, n. 23, p. 31-38, 2017.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Ceres Marisa Silva dos Santos

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Ao submeter qualquer material científico para Extraprensa, o autor, doravante criador, aceita licenciar seu trabalho dentro das atribuições do Creative Commons, na qual seu trabalho pode ser acessado e citado por outro autor em um eventual trabalho, porém obriga a manutenção de todos os autores que compõem a obra integral, inclusive aqueles que serviram de base para o primeiro.
Toda obra aqui publicada encontra-se titulada sob as seguintes categorias da Licença Creative Commons (by/nc/nd):
- Atribuição (de todos os autores que compõem a obra);
- Uso não comercial em quaisquer hipóteses;
- Proibição de obras derivadas (o trabalho não poderá ser reescrito por terceiros. Apenas textos originais são considerados);
- Distribuição, exibição e cópia ilimitada por qualquer meio, desde que nenhum custo financeiro seja repassado.
Em nenhuma ocasião a licença de Extraprensa poderá ser revertida para outro padrão, exceto uma nova atualização do sistema Creative Commons (a partir da versão 3.0). Em caso de não concordar com esta política de Direito Autoral, o autor não poderá publicar neste espaço o seu trabalho, sob pena de o mesmo ser removido do conteúdo de Extraprensa.