Que peut apprendre Winnicott sur le phénomène du TDAH?

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i3p425-435

Mots-clés :

TDAH, enfance, anxiété, Winnicott, développement émotionnel

Résumé

Cet article vise à discuter comment les principales contributions winnicottiennes sur la normalité et l'anxiété dans l'enfance peuvent favoriser une lecture psychanalytique de ce qui est habituellement classé comme TDAH. Pour cela, nous abordons les possibilités interprétatives des expressions symptomatiques de l'hyperactivité et de l'anxiété, en discutant des classifications diagnostiques et des idéaux de normalité dans l'enfance. Ensuite, nous étudions le chemin parcouru par Winnicott dans l'élaboration des principales conceptions du mal-être de l'enfant, fondées sur sa conception de la santé et de la maladie et sur son hypothèse de tolérance au symptôme. Enfin, nous favorisons un dialogue entre les théorisations winnicottiennes et les interprétations contemporaines du phénomène TDAH, en vue de privilégier des modes d'intervention  dans la clinique psychanalytique, attentifs aux vicissitudes de ces temps sans pour autant adhérer aux discours médicalisants qui gangrènent l'enfance aujourd'hui.                                                                                                                                                                                                              

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

Biographie de l'auteur

  • Rafaela Paixão, Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem

    Psicóloga e Psicanalista. Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Membro do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL) e do Círculo Psicanalítico de Pernambuco, Recife, PE, Brasil. 

Références

Almeida, R. S., Rossano, C. L., Crenzel, G., & Abranches, C. D. (2019). Saúde mental da criança e do adolescente (2a ed). Santana de Parnaíba, SP: Manole.

Ceccarelli, P. R. (2010). Patologização da normalidade. Estudos de Psicanálise, 33, 125-136.

Canguilhem, G. (2002). O normal e o patológico (M. de T. R. de C. Barrocas e L. O. F. B. Leite, trad.). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Coelho Junior, N. E., & Figueiredo, L. C. (2004). Figuras da intersubjetividade na constituição subjetiva: dimensões da alteridade. Interações, 9 (17), 9-28.

Ehrenberg, A. (2010). O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa (P. F. Bendassolli, trad.). Aparecida, SP: Ideias & Letras.

Esperanza, G. (2011). Medicalizar a vida. In Jerusalinsky, A., & Fendrik, S. (org.). O livro negro da psicopatologia contemporânea. (pp. 53-59). São Paulo: Via Lettera.

França, R. M. P., Passos, M. C., & Rocha, Z. (2014). Os sentidos da saúde na obra de Donald Winnicott. Estudos de Psicanálise, (42), 97-106.

França, R. M. P. (2014). A nau das crianças-problema: entre a patologização do sofrimento psíquico na infância e a ética do cuidado na psicanálise (Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Católica de Pernambuco). Recuperado de http://tede2.unicap.br.

França, R. M.P., & Rocha, Z. (2015). Por uma ética do cuidado na psicanálise da criança. Psicologia USP, 26(3), 414-422. doi: https://doi.org/10.1590/0103-656420140045

França, R. M. P., & Passos, M. C. (2019). Ensaio sobre o método clínico na psicanálise com crianças. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 22(4), 749-767. Epub January 17, 2020. doi: https://doi.org/10.1590/1415-4714.2019v22n4p749.6

Freud, J. K., & Varguez Ramírez, M. (2014). Sobre O TDAH: Transtorno ou invenção?. Ciência e Cultura, 66(1), 54-57. doi: http://dx.doi.org/10.21800/S0009-67252014000100019

Han, B. (2017). A sociedade do cansaço (E. P. Giachini, trad., 2a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Kupermann, D. (2009). Figuras do cuidado na contemporaneidade: testemunho, hospitalidade e empatia. In M. S. Maia (Org.), Por uma ética do cuidado (pp. 185-204). Rio de Janeiro: Garamond.

Lima, R. C. (2005) Somos todos desatentos?: O TDAH e a Construção de bioidentidades. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

Lima, R. C. (2021). Normalidade e patologia das classificações psiquiátricas: dos transtornos mentais infanto juvenis à síndrome da criança normal. In Oliveira, E. C.; Viégas, L. S., & Messeder Neto, H. S. (Orgs.). Desver o mundo, perturbar os sentidos: caminhos na luta pela desmedicalização da vida. (pp. 79-100). Salvador, BA: EDUFBA.

Oliveira, P. (2023). TDAH: saiba o que é e quais são os sintomas e tratamentos. Terra. Recuperado de https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude-mental/tdah-saiba-o-que-e-e-quais-sao-os-sintomas-e-tratamentos,101562d1b0ddc33d91e8763163c1c769hj8vwna4.html#

Ortega, F., Barros, D., Caliman, L., Itaborahy, C., Junqueira, L., & Ferreira, C. P.. (2010). A ritalina no Brasil: produções, discursos e práticas. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 14(34), 499–512. Doi : https://doi.org/10.1590/S1414-32832010005000003

Paixão, R., & Rocha, Z. (2016). A face e o verso da adaptação na infância. Estilos da Clínica, 21(2), 366-389. Doi: https://doi.org/http//dx.doi.org/0.11606/issn.1981-1624.v21i2p366-389.

Paixão, R. (2023). A criança insubmissa: a potência subversiva do gesto criativo. São Paulo: Blucher.

Tonetto, A. P. M.; Barbieri, V.; Andrade, M. L. de, & Squires, C. (2021). Contribuições psicanalíticas para o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade: uma revisão da literatura. Tempo psicanal. [online]., 53(2), 52-82.

Vorcaro, A. (2011). O efeito bumerangue da classificação psicopatológica da infância. In Jerusalinsky, A., & Fendrik, S. (Orgs.) O livro negro da psicopatologia contemporânea. (pp. 219-229) São Paulo: Via Lettera.

Winnicott, D. D. (1975). O brincar e a realidade (J. O. de A. Abreu e V. Nobre, trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1971)

Winnicott, D. W. (1990). Natureza Humana (D. Bogomoletz, trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1988).

Winnicott, D. W. (2000a). Nota sobre Normalidade e Ansiedade. In D.W. Winnicott, Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas (D. Bogomoletz, trad., pp. 57-76). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1931)

Winnicott, D. W. (2000b). Tolerância ao Sintoma em Pediatria: Relato de um Caso. In D.W. Winnicott, Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas (D. Bogomoletz, trad., pp. 168-186). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1953)

Winnicott, D. W. (2000c). Ansiedade associada à insegurança. In D.W. Winnicott, Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago, (D. Bogomoletz, trad., pp. 163-167). (Trabalho original publicado em 1952)

Winnicott, D. W. (2007a). Teoria do relacionamento paterno-infantil. In D.W. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação. (I. C. S. Ortiz, trad., pp. 38-54). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1960).

Winnicott, D. W. (2007b). Da dependência à independência no desenvolvimento do indivíduo. In D.W. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação (I. C. S. Ortiz, trad., pp. 79-87). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1963).

Winnicott, D. W. (2013). A criança e o seu mundo (Á. Cabral, trad.). Rio de Janeiro: LCT. 6.ed.

Téléchargements

Publiée

2024-12-16

Comment citer

Paixão, R. (2024). Que peut apprendre Winnicott sur le phénomène du TDAH?. Styles De La Clinique. Revue Sur Les Vicissitudes De l’enfance, 29(3), 425-435. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i3p425-435