Emancipação e protagonismo por um olhar semiótico: racismo, antirracismo e a negação de direitos à juventude negra no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2024.218948Palavras-chave:
Semiótica narrativa, Juventude, Racismo, Interação, ProtagonismoResumo
Este artigo analisa fenômenos ligados à emancipação, ao protagonismo social e às pautas do racismo e antirracismo na sociedade brasileira contemporânea, vistos desde uma perspectiva semiótica e com foco especial no estudo da juventude. Com Almeida (2021), acreditamos que o racismo não é apenas expresso por meio de ações individuais, e sim fruto de uma complexa rede de influências e mecanismos econômicos, políticos e sociais. Abordamos obras de pensadores contemporâneos que têm obtido cada vez mais destaque e prestígio no debate público e observamos o duro fenômeno da violência contra a juventude negra no Brasil. Nossa abordagem experimenta a operacionalidade de conceitos da Teoria Semiótica contemporânea no que tange à análise das manifestações de racismo propostas pelos autores. As conclusões apontam na direção da aplicação de conceitos da Teoria dos Regimes de Interação, extraída da Sociossemiótica de Landowski (2014), no que concerne especificamente ao trabalho sobre os assuntos observados.
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