Análise da qualidade de uma prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945187128Palavras-chave:
Avaliação em larga escala, Enem, Teoria de Resposta ao Item (TRI), ValidadeResumo
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma avaliação em larga escala que exerce forte influência nas políticas educacionais, nos currículos nos diversos níveis de ensino e também no futuro dos indivíduos que estão sendo avaliados. Esses fatos evidenciam a importância de examinar as diversas variáveis envolvidas na construção, aplicação e pontuação da avaliação. Pode-se, por meio de estudos, identificar etapas do processo que não estão funcionando como esperado e também validar as etapas cujos resultados são adequados. Em ambos os casos, busca-se a melhoria dos processos a cada edição do exame. Neste estudo, foram realizadas análises dos itens da prova de matemática do Enem 2015, por meio de dois modelos da Teoria de Resposta ao Item (TRI), o logístico de três parâmetros com estudos sobre a discriminação, a dificuldade e a probabilidade de acerto casual e o modelo de resposta nominal, com estudos da dificuldade e do comportamento de cada uma das opções de resposta dos itens. Aproximadamente um terço dos itens obteve parâmetros dentro dos padrões de qualidade. Quanto à dificuldade, o item considerado o mais fácil obteve apenas 64,1% de acertos. Além disso, apenas dois itens obtiveram o parâmetro de dificuldade situado abaixo do ponto médio da escala e aproximadamente 23,4% dos participantes tiveram suas habilidades estimadas abaixo do valor correspondente ao item mais fácil na escala, indicando que essas pessoas não souberam responder a nenhum dos 45 itens. Por meio dos diversos métodos utilizados, constatou-se que a prova de matemática do Enem 2015 possui qualidade muito aquém do desejável.
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