A formação das subjetividades em uma escola profissional feminina: análise de uma ficha social
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202450271093enPalavras-chave:
Subjetividade, Formação profissional, Escrituração escolar, Educação femininaResumo
Neste artigo apresentamos a análise de uma ficha social que era preenchida quando da candidatura de meninas ao ingresso como alunas na Escola Técnica Feminina Senador Ernesto Dornelles (Porto Alegre/RS, anos 1940). Localizaram-se no arquivo da escola 195 pastas de documentos de alunas que se matricularam na instituição entre 1946 e 1950, entre os quais constam essas fichas. Produzida pelo Serviço de Psicotécnica e Orientação Educacional da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, as fichas eram compostas de duas partes: I) A família, parte que incluía informações sobre a situação econômica dos membros da família, suas condições educacionais e sociais e o interesse do respondente pela profissão da filha; e II) A aluna, seção em que constavam inquirições sobre as condições educacionais e o teor de vida da menina, suas tendências vocacionais e impressões gerais sobre ela. Recorremos a aportes teóricos de Foucault acerca dos procedimentos de exame nas instituições disciplinares e seus efeitos de subjetivação. A análise da ficha social permitiu identificar a partir das questões formuladas e das alternativas de respostas disponíveis às famílias e às alunas algumas das expectativas sociais e possibilidades abertas à formação das subjetividades profissionais das jovens ingressantes.
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