Portuguese interidentities in O Esplendor de Portugal, by António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v16i31p173-188Keywords:
Interidentity, Irony, Colonialism, Postcolonialism, Contemporary Portuguese fictionAbstract
This work aims to analyze the novel O Esplendor de Portugal (1997), by António Lobo Antunes, from a postcolonial perspective. From the notion of interidentity (interidentities) articulated by Boaventura de Sousa Santos (2003), according to which the “self-representation of the Portuguese colonizer creates a chaotic disjunction between the subject and the object of colonial representation” (Santos, 2003 , p. 25), I try to understand how the evocation of the geographic, family and identity breakdown experienced by the characters Isilda, Carlos, Rui and Clarisse, Portuguese settlers in Africa in the context of the Angolan Civil War (1975-2002), prefigure, metonymically, interidentity that created the ironic subversion of the symbolic systems of representation of the colonial ethos of the “Portuguese Empire” echoed in the family microcosm, and, in this way, created under suspicion the notion of “splendor of Portugal ” popularized by the official historiography of the Portuguese Estado Novo (1933-1974).Downloads
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