A escrita de Assia Djebar em diálogo com o pensamento geopoético de Édouard Glissant: uma leitura do romance La femme sans sépulture
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i32p98-110Palabras clave:
Geopoética glissantiana, Paisagem, Memória, Linguagem, LiteraturaResumen
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as relações entre paisagem, memória e linguagem na obra La femme sans sépulture (2002), da autora argelina Assia Djebar, à luz da noção de Geopoética cunhada pelo escritor, poeta e ensaísta martiniquense Édouard Glissant. Essas três dimensões (paisagem, memória/tempo e linguagem), que caracterizam a concepção de Geopoética glissantiana, desembocam numa visão mais complexa da realidade política e sociocultural do mundo e possibilitam a reconstrução da História para além dos registros oficiais. Dessa forma, pretende-se apresentar uma leitura do romance sob esse olhar glissantiano, que, por meio da Poética da Relação, busca apreender o real a partir dessas três dimensões essenciais de compreensão do mundo e, assim, reescrever, através de várias histórias possíveis, o passado de países marcados pela colonização, tal como a Martinica de Glissant e a Argélia de Djebar.
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