"Frères migrants", de Patrick Chamoiseau: a intenção humanista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i32p8-20Palavras-chave:
migrantes, intenção, humanismo, biblioteca intertextual, colonialismoResumo
Este artigo examina como, a partir do drama dos migrantes que se dirigem à Europa, Frères migrants, de Patrick Chamoiseau, sugere a possibilidade de um “humanismo na medida do mundo” (CÉSAIRE, 1973). O ensaio manifesta uma intenção humanista, sob a forma de uma biblioteca intertextual que perpetua, ao mesmo tempo, o pensamento do humanismo e o espírito da “sentimenthèque” que figura em Écrire en pays dominé (CHAMOISEAU, 1997). Se o tratamento desumano infligido aos migrantes desvela os pontos cegos do humanismo europeu e relembra os métodos coloniais, a consideração fraternal daqueles convida a repensar e a ampliar o humanismo. A midiatização do ensaio se prolonga por meio da publicação da obra coletiva Osons la fraternité! Les écrivains aux côtés des migrants (CHAMOISEAU; LE BRIS, 2018), no interior da qual alguns textos questionam as aporias de toda e qualquer intenção humanista.
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