O trabalho, sua invisibilidade e seu estudo. Algumas considerações a partir do trabalho nos serviços dos transportes

Autori

  • Alice Itani Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v8i1.86287

Parole chiave:

Trabalho, Visibilidade, Serviços, Saúde, Trabalhador

Abstract

Com as mudanças que vêm ocorrendo no trabalho, delineia-se uma nova topologia com algumas novas características, que apresentam dificuldades para sua análise. Os gestos do trabalho executados para a realização da tarefa nem sempre são observáveis. Da mesma forma, as condições ruins de trabalho não podem ser facilmente mensuráveis nem mais perceptíveis. A realidade vivida há tempos pelo trabalhador dos serviços é da falta de materialidade do produto de seu trabalho. De improdutivo, impinge-se a condição de um trabalho virtual e, agora, invisível. O presente artigo busca contribuir para o estudo do trabalho dos serviços, como uma tentativa de “olhar” essa invisibilidade, seja do gesto como das condições. A compreensão do trabalho enquanto um fazer possibilita apreender esse gesto operatório e olhar as condições do trabalho face à saúde do operador.

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografia autore

  • Alice Itani, Universidade Estadual Paulista

    Professora do Departamento de Planejamento Regional da Universidade Estadual Paulista (UNESP/Rio Claro).

Riferimenti bibliografici

AULAGNIER, P.(1979) Les destins du plaisir. Paris, PUF.

BLANC, M. & CHARRON, E. & FREYSSENET, M. (1989) Le ‘développement’ des systèmes-experts en entreprise. Paris, CNRS/GIT Mutations industrielles.

BOLTANSKI, L. (1982) Les cadres. Paris, Minuit.

BOUDON, R. (1983) Effets pervers et ordre social. Paris, PUF.

CASTORIADIS, C. (1974) L’expérience du mouvement ouvrier, 2. Col. 10/18. Paris, Gallimard.

CASTORIADIS, C. (1975) L’institution imaginaire de la société. Paris, Seuil.

CASTORIADIS, C. (1978) Les carrefours du labyrinthe. Paris, Seuil.

CASTORIADIS, C. (1979) Capitalisme moderne et révolution, 2. Col. 10/18. Reedição. Paris, Gallimard.

CASTORIADIS, C. (1986) Domaines de l’homme. Paris, Seuil.

CASTORIADIS, C. (1990) Le monde morcelé. Paris, Seuil.

DANIELLOU, F. (1988) L’activité des opérateurs de conduite dans une salle de processus automatisé. Paris, CNAM.

DEJOURS, C. (1980) Travail : usure mental. Paris, Centurion.

DEJOURS, C. (1989) Le travail et santé mental. De l’enquête à l’action. Prevenir, Paris, nº 19, 2º semestre, p. 3-19.

DE KAYSER, V. (1989) L’erreur humain. La Recherche, Paris, n º 216, p.1444-1455.

DIESAT. (1986) Condições de trabalho dos operadores de movimento do metrô de S.Paulo, S.Paulo. Relatório de pesquisa (mimeo).

DODIER, Nicolas. (1994) Causes et mises en cause. Innovation sociotechnique et jugement morale face aux accidents du travail. Revue Française de Sociologie, Paris, nº 7, Avril-Juin, p 251-281.

DUBOIS, P. et alii. (1985) Le travail et sa sociologie. Paris, L’Harmattan.

DUCLOS, D., L’homme face au risque technique, Paris, L’Harmattan, 1991.

FAVERGE, J. M. (1980) L'homme agent de infiabilité et de fiabilité du processus industriel. Ergonomics, Paris, 13. p. 301-327.

GERSHUNEY et alli. (1983) The new service economy. The transformation of employment in industrial society. London, Francis Pinter.

GIBERT, E. (1988) Analyse comparée de l’évolution des services dans les grandes nations occidentales. Paris, La Documentation Française.

ITANI, A. (1989a) Le travail dans le secteur de services. Relatório EHESS, Paris.

ITANI, A. (1989b) Technologie et transferts dans les services de transports. Communication présentée au débat sur Transfert de technologie en l’Amérique Latine et les enjeux. Paris (mimeo).

ITANI, A. (1992a) ‘Metroviários’ et travail automatisé: rapport au travail dans le métropolitain de São Paulo. Paris. Tese (doutoramento). École des Hautes Etudes en Sciences Sociales.

ITANI, A. (1992b) Tecnologia metroviária e a relação entre trabalho e qualificação. Revista Nacional dos Transportes Públicos, São Paulo. Ano 14, nº 55, 2º trimestre. p. 95-111.

ITANI, A. (1994a) Segurança e risco nos sistemas automatizados. São Paulo, paper elaborado para a ANPET.

ITANI, A. (1994b) Trabalho feminino e tecnologia : a imagem da alteridade. Tempo Social (Revista de Sociologia da USP). São Paulo, vol. 4 nos 1-2, Departamento de Sociologia, FFLCH-USP, setembro.

LEPLAT, Jacques. (1985) L’erreur humain. Paris, A. Colin.

MAILLAT, D. (1986) Le secteur tertiaire en question. Paris, Genève, Anthropos/Ere.

MARX, K. (1975) Capítulo Inédito D’o Capital. Porto, Escorpião.

MCDOUGALL, Joyce. (1989) Théâtres du corps. Paris, Gallimard.

MECKASSOUA, K. (1989) Étude comparé des activités de régulation dans le cadre d'un transfert de technologie. Approche anthropotechnologique. Paris. Tese (doutoramnento). Université de Paris.

MOSCOVICI, S. (1961) La psychanalyse, son image et son public. Paris, PUF.

POMIAN, K. (1984) L’ordre du temps. Paris, Gallimard.

PRELL, B. (1984) Essai sur l'avenir des services. Paris, Fast.

REASON, J. (1988) Human error. Cambridge, Cambridge University Press.

RIBEILL, G. (1978) Histoire des cheminots. Paris, PUF.

TRINQUET, P. (1993) Les risques au travail. Prevenir, Paris, n º24.

WANNER, J.C. (1989) L’homme dans la sécurité des systèmes pilotes. La recherche, Paris, 212, juillet-Août, p. 36-39.

WEBER, M. (1979) Sobre a teoria das ciências sociais. Lisboa, Presença.

Pubblicato

1996-06-30

Fascicolo

Sezione

Durkheim: 100 anos das regras do método

Come citare

Itani, A. (1996). O trabalho, sua invisibilidade e seu estudo. Algumas considerações a partir do trabalho nos serviços dos transportes. Tempo Social, 8(1), 161-194. https://doi.org/10.1590/ts.v8i1.86287