Um paraíso selvagem: a Amazônia e os romances regionalistas de Raimundo Moraes
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2016.104212Palabras clave:
Pensamento social, Literatura, Região, AmazôniaResumen
O artigo objetiva analisar os três romances de Raimundo Moraes publicados entre os anos finais da década de 1930 e início dos anos 1940: Os Igaraúnas, O mirante do Baixo Amazonas e Ressuscitados. Ao abordar tanto os entrechos de cada uma das narrativas romanescas quanto a produção ensaística do autor, viabiliza-se uma articulação entre os elementos textuais e o contexto político e cultural. Tal articulação, por seu turno, permite que se vislumbrem não só os aspectos pitorescos da região amazônica deliberadamente visados pelo autor em seus romances, mas também faz ressaltar os embates intelectuais nos quais ele se encontrava inserido. As tramas e personagens dos romances, dessa forma, deixam entrever tanto como tais embates foram percebidos pelo autor quanto a sua concepção do papel a ser assumido pelo intelectual nesse contexto.
Descargas
Referencias
Bittencourt, Agnello. (1973), Dicionário amazonense de biografias: vultos do passado. Rio de Janeiro, Conquista.
Bourdieu, Pierre. (1989), “A identidade e a representação: elementos para uma reflexão crítica sobre a ideia de região”. In: ______. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Lisboa/Rio de Janeiro, Difel/Bertrand, pp. 107-132.
Castro, José Maria Ferreira de. (1967), A selva. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
Cunha, Euclides da. (1999), À margem da história. São Paulo, Martins Fontes.
Galvão, Francisco. (2002), Terra de ninguém: romance social do Amazonas. Manaus, Valer/Governo do Estado do Amazonas.
Lins, José dos Santos. (1966), Seleta literária do Amazonas. Manaus, Edições do Governo do Estado do Amazonas.
Miceli, Sergio. (2001), Intelectuais à brasileira. São Paulo, Companhia das Letras.
Moraes, Marcos Antonio de. (2004), “Coelho Netto entre modernistas”. Literatura e Sociedade, 7: 102-119.
Moraes, Péricles. (1935), Legendas e águas-fortes: ensaios críticos. Manaus, Livraria Clássica.
Moraes, Raimundo. ([s. d.]a), O mirante do Baixo Amazonas. São Paulo, Companhia Melhoramentos.
_______. ([s. d.]b), Ressuscitados: romance do Purus. São Paulo, Companhia Melhoramentos.
_______. (1940), Cosmorama. Rio de Janeiro, Irmãos Pongetti, 1940.
_______. (1985), Os igaraúnas. São Paulo, Roswitha Kempf Editores.
_______. (1987), Na planície amazônica. Belo Horizonte/São Paulo, Edusp.
_______. (2001), Notas dum jornalista. Manaus, Edições do Governo do Estado do Amazonas.
Nascimento, José Leonardo do. (2011), Euclides da Cunha e a estética do cientificismo. São Paulo, Editora da Unesp.
Paiva, Marco Aurélio Coelho de. (2010), O papagaio e o fonógrafo: os prosadores de ficção da Amazônia. Manaus, Edua.
Rangel, Alberto. (2001), Inferno verde: cenas e cenários do Amazonas. Manaus, Valer/Governo do Estado do Amazonas.
Tavolaro, Sergio Barreira de Faria. (2008), “‘À sombra do mato virgem…’: natureza e modernidade em uma abordagem sociológica brasileira”. Ambiente e Sociedade, 2 (11): 273-287.
_______. (2011), “Freyre, DaMatta e o lugar da natureza na ‘singularidade brasileira’”. Lua Nova, 83: 217-257.
Tocantins, Leandro. (1987), “Um escritor nativista”. In: Moraes, Raimundo. Na planície amazônica. Belo Horizonte/São Paulo, Edusp, pp. 21-29.
Vasconcelos, Carlos de. (1922), Deserdados. Rio de Janeiro, Editora e Livraria Leite Ribeiro.
Williams, Raymond. (2014), “Região e classe no romance”. In: ______. A produção social da escrita. Trad. André Glaser. São Paulo, Editora da Unesp, pp. 299-311.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Tempo Social
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.