A mídia e a construção do biográfico o sensacionalismo da morte em cena

Authors

  • Elizabeth Rondelli Universidade Federal do Rio de Janeiro. Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação
  • Micael Herschmann Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação. Departamento de Fundamentos da Comunicação

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702000000100011

Keywords:

media, memory, death, heroes, brazilian culture

Abstract

Based on the increased spread of biographical narratives in different media and their commercial success, this article evaluates the new sites for the expression of biographies, and discusses the relationship between media and memory in contemporary culture. Obituaries, memorials and television coverage of the funerals of artists and famous politicians are seen as narratives which reconstruct the trajectories of their life, which gain new meanings at the time of their death, and are dramatized and broadcast for the consumption of millions of viewers.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALBUQUERQUE, João L. (1998) Cobertura não evita pieguismo. Jornal do Brasil, Caderno B, Rio de Janeiro, 25/06, p. 41.

ANDERSON, Benedict. (1989) Nação e consciência nacional. São Paulo, Ática.

ARIÈS, Philippe. (1988) Sobre a história da morte no Ocidente. Lisboa, Teorema.

BARTHES, Roland. (1990) Sade, Fourier, Loyola. São Paulo, Brasiliense.

BENJAMIN, Walter. (1987) O narrador. In: Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. 3a edição. São Paulo, Brasiliense.

BLANCO, Almir. (1997) Diana, a princesa do povo. O Dia, Especial, Rio de Janeiro, 01/09.

BOURDIEU, Pierre. (1996) A ilusão biográfica. In: FERREIRA, Marieta de M. & AMADO, Janaína (orgs.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro, FGV, p. 183-192.

BRAGA, Paulo H. (1997) Para Hobsbawn, monarquia e Balir lucram com morte de Diana. Folha de S. Paulo, São Paulo, 03/09, p. 19.

CAMARGO, Aspásia. (1998) O trator e o diplomata. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23/04, p. 9.

CANZIAN, Fernando. (1997) Funeral de Diana leva 2 milhões às ruas e se torna evento global. Folha de S. Paulo, São Paulo, 07/09, p. 19.

CARVALHO, José Murilo. (1990) A formação das almas. O imaginário da República no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras.

EPSTEIN, William H. (1991) (Post) modern lives: abducting the biographical subject. In: (org.). Contesting the subject. Essays in the postmodern theory and practice of biography and biographical criticism. West Lafayette, Purdue University Press, p. 217-236. Fatos e Fotos. (Especial) (1998) Rio de Janeiro, Bloch, junho.

FENTRESS, James & WICKHAM, Chris. (1994) Memória social. Lisboa, Teorema.

FILIZOLA, Anamaria & RONDELLI, Elizabeth. (1997) Equilíbrio distante: fascínio pelo biográfico, descuido da crítica. Lugar-Comum – Estudos de Mídia, Cultura e Democracia, (2-3): 209-226, julho-novembro. Folha de S. Paulo. (1997a) Cobertura de Diana é recorde. São Paulo, 01/10, p. 19.

FILIZOLA, Anamaria & RONDELLI, Elizabeth. (1997b) Vida de Diana caminhava para o sórdido. Revista da Folha, São Paulo, 07/09, p. 11.

FOUCAULT, Michel. (1977) O nascimento da clínica. Rio de Janeiro, Forense.

HALBWACHS, Maurice. (1990) A memória coletiva. São Paulo, Vértice.

HALL, Stuart. (1997) Identidades culturais na pós-modernidade. São Paulo, DP&A.

HUYSSEN, Andreas. (1996) Memórias do modernismo. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ. Isto É. (1998) Vai ser o pior capítulo do livro. São Paulo, 29 de maio, p. 20-21.

JARDIM, Vera. (1998) Record vence a guerra de audiência. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24/07, p. 20.

LEITE, Paulo M. (1998) Ela saca o talão de cheques. Veja, São Paulo, Abril, 2 de setembro, p. 84-85.

MASSON, Celso & MEZAROBBA, Glenda. (1998) Um símbolo chamado Leandro. Veja, 1 de julho, p. 129.

MORIN, Edgar. (1997) O homem e a morte. Rio de Janeiro, Imago.

NORA, Pierre. (1984) Les lieux de mémoire. Paris, Gallimard.

POLLAK, Michel. (1989) Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Memória, Rio de Janeiro, 2(3): 3-15.

RICOEUR, Paul. (1997) Tempo e narrativa. Campinas, Papirus.

RODRIGUES, Apoenan. (1997) Crônica de um exagerado. Isto é, São Paulo, 16 de julho, p. 89-95. Veja. (1998) Vazio na Esplanada. 29 de maio, p. 25.

VELHO, Gilberto. (1994) Memória, identidade e projeto. Projeto e metamorfose. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Published

2000-05-01

Issue

Section

Articles

How to Cite

Rondelli, E., & Herschmann, M. (2000). A mídia e a construção do biográfico o sensacionalismo da morte em cena . Tempo Social, 12(1), 201-218. https://doi.org/10.1590/S0103-20702000000100011