A sociolingüística de Goffman e a comunicação mediada

Autor/innen

  • Jordão Horta Nunes Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Ciências Humanas. Departamento de Ciências Sociais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702007000200010

Schlagwörter:

Análise da conversação, Goffman, Análise do quadro, Sociolingüística, Comunicação mediada por computador

Abstract

É bastante conhecida a influência da relação entre linguagem e sociedade na metodologia das ciências sociais, desde a análise das formas primitivas de classificação de Mauss e Durkheim até as teorias do discurso em Paul Ricoeur ou em Habermas. Menos populares são as perspectivas sociolingüísticas, que enfocam a relação entre as formas de falar e a vida social, com raízes no relativismo lingüístico de Sapir-Whorf, na concepção pragmática da linguagem de Wittgenstein e na teoria dos atos performativos de Austin. O objetivo deste texto é reconstruir algumas perspectivas sociolingüísticas na análise da comunicação mediada, com destaque para a teoria goffmaniana dos frames (quadros), artifícios que orientam a interpretação e constituem, ao mesmo tempo, condições necessárias para sua existência. Efetiva-se, finalmente, mediante o desenvolvimento de um estudo de caso, uma possibilidade de aplicação metodológica da teoria do frame na análise do correio eletrônico como forma de comunicação mediada por computador.

Downloads

Download-Daten sind nocht nicht verfügbar.

Literaturhinweise

BATESON, Gregory. (2002), “Uma teoria sobre brincadeira e fantasia”. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola, pp. 257-264.

BERNSTEIN, Basil. (1971-75), Class, codes and control. Londres, Rootledge & Kegan Paul.

BODEN, Deirdre. (1990), “People are talking: conversation analysis and symbolic interaction”. In: MCCALL, Michal M. & BECKER, Howard S. Symbolic interactionism and cultural studies. Chicago, University of Chicago, pp. 244-274.

CHANDLER, Daniel. (1998), “Personal home pages and the construction of identities on the web”. Site http://www.aber.ac.uk/media/Documents/short/webident.htm, consultado em 21/8/2004.

CHAPMAN, David. (1992), “Computer rules, conversational rules”. Computational Linguistics, 18 (4): 531-535.

DOUGLAS, Mary. (1978), Símbolos naturales: exploraciones en cosmología. Madri, Alianza.

ECO, Umberto. (1991), Semiótica e filosofia da linguagem. São Paulo, Ática.

GADAMER, Hans-Georg. (1989), Truth and method. 2 ed. Nova York, Continuum.

GARCEZ, Pedro M. & OSTERMANN, Ana Cristina. (2002), “Glossário conciso da sociolingüística interacional”. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola, pp. 257-264.

GEERTZ, Clifford. (1978), A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, Zahar.

GOFFMAN, Erving. (1967), Interaction ritual: essays on face-to-face behavior. Nova York, Pantheon Books.

GOFFMAN, Erving. (1971), Relations in public: microstudies of the public order. Nova York, Basic Books.

GOFFMAN, Erving. (1974), Frame analysis. Nova York, Harper & Row.

GOFFMAN, Erving. (1981), Forms of talk. Filadélfia, University of Pennsylvania.

GOFFMAN, Erving. (1996), A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes [1ª edição 1959: The presentation of self in everyday life. Nova York, Double Day].

GOFFMAN, Erving. (2002a), “A situação negligenciada”. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola, pp. 13-20.

GOFFMAN, Erving. (2002b), Footing. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola, pp. 107-148.

GUMPERZ, John J. (2002), “Convenções de contextualização”. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola, pp. 149-182.

HARRISON, Bernard. (1980), An introduction to the philosophy of language. Nova York, Saint Martin.

HYMES, Dell. (1974), Foundations in sociolinguistics: an ethnographic approach. Filadélfia, University of Pensylvania.

JEFFERSON, G. A, SACKS, Harvey & SCHEGLOFF, E. (1974), “The simplest systematics for the organization of turn-taking in conversation”. Language, 50: 696-735.

JONES, Rodney H. (2002), “The problem of context in computer mediated communication”. Paper presented at Georgetown Roundtable on Language and Linguistics, 7-9 de março. Site http://personal.cityu.edu.hk/~enrodney/Research/ContextCMC.doc, consultado em 21/8/2004.

MÁXIMO, Maria Elisa. (2002), “Sociabilidade no ‘ciberespaço’: uma análise da dinâmica de interação na lista eletrônica de discussão Cibercultura”. Trabalho apresentado no XXVI Encontro Anual da Anpocs.

MCWILLIAMS, Elizabeth Mindy. (2001), Social and organizations frames: a discourse analysis of e-mail sent at work. Washington. Dissertação de mestrado.

MILLER, Hugh. (1995), “The presentation of self in electronic life: Goffman on the Internet”. Site http://ess.ntu.ac.uk/miller/cyberpsych/goffman.htm, consultado em 21/8/2004.

NUNES, Jordão Horta. (2005), Interacionismo simbólico e dramaturgia: a sociologia de Goffman. São Paulo/Goiânia, Humanitas/Editora da UFG.

PITKIN, Hanna Fenichel. (1972), Wittgenstein and justice. Berkeley, University of California.

RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (orgs.). Sociolingüística interacional. 2 ed. São Paulo, Loyola.

RYLE, Gilbert. (1971), “The thinking of thoughts: what is ‘le penseur’ doing?”. In: Collected Papers, vol. 2. Londres, Hutchinson.

SANNICOLAS, Nikki. (1997), “Erving Goffman, dramaturgy and on-line relationships”. Cibersociology. Site http://www.cybersoc.com/magazine/1/is1nikki.html, consultado em 29/8/2004.

SCHEGLOFF, Emanuel A. (1968), “Sequencing in conversational openings”. American Anthropologis, 6 (70): 1075-1095, dez.

SCHEGLOFF, Emanuel A. (1986), “The routine as achievement”. Human Studies, 2/3 (9): 111-151.

SCHEGLOFF, E. & SACKS, H. (1973), “Opening up closings”. Semiotica, 8: 289-237.

SCOLLON, R. et al. (1999), “Blurred genres and fuzzy identities in Hong Kong public discourse: foundational ethnographic issues in the study of reading”. Applied Linguistics, 1 (20): 22-43.

TANNEN, D. (1993). “What’s in a frame?”. In: TANNEN, D. (ed.). Framing in discourse. Nova York, Oxford University, pp. 14-56.

WALKER, J. (2003), “Weblog”, Definition for the Routledge Encyclopedia of Narrative Theory. Site http://huminf.uib.no/~jill/archives/blog_theorising/final_version_of_weblog_definition.html, consultado em 21/8/2004.

Veröffentlicht

2007-11-01

Ausgabe

Rubrik

Artigos

Zitationsvorschlag

Nunes, J. H. (2007). A sociolingüística de Goffman e a comunicação mediada . Tempo Social, 19(2), 253-266. https://doi.org/10.1590/S0103-20702007000200010