Herói fracassado: Mário de Andrade e a representação do intelectual no romance de 30

Autores

  • Ivan Marques Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Palavras-chave:

Escritores, impasse, fracasso, Modernismo.

Resumo

Escritores figuram como protagonistas em alguns dos principais romances da década de 30 e encarnam o tipo que Mário de Andrade, no ensaio “A elegia de abril” (1941), chamou de “fracassado nacional”. Em obras como Banguê (1934), de José Lins do Rego, e Angústia (1936), de Graciliano Ramos, Mário interpretou a presença recorrente de personagens fracos como um sintoma de que o homem brasileiro estaria “às portas de desistir de si mesmo”. Tal situação se acha bastante próxima do impasse vivido em seus últimos anos pelo próprio escritor, bem como do desfecho melancólico de sua obra de maior relevo, Macunaíma, ponto de inflexão entre as duas fases do modernismo. O ensaio pretende discutir a reiteração da temática do fracasso na literatura de 30, levando em consideração outras questões importantes do período, a saber, o debate sobre o caráter nacional, a decadência do mundo rural e a ruína do projeto modernista

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Biografia do Autor

  • Ivan Marques, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
    é professor de literatura brasileira da Universidade de São Paulo

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Publicado

2015-06-18

Como Citar

Marques, I. (2015). Herói fracassado: Mário de Andrade e a representação do intelectual no romance de 30. Teresa, 16, 55-74. https://journals.usp.br/teresa/article/view/115414