Conhecimento ético e deontológico dos estudantes de medicina sobre a doação de órgãos e tecidos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v29i1e-224389Palavras-chave:
Doação de Órgãos e Tecidos, Estudantes de Medicina, Educação Médica, Ética MédicaResumo
A doação e os transplantes de órgãos acontecem no Brasil há décadas, atuando como alternativa eficaz a indivíduos que não são favorecidos com os tratamentos convencionais. Desde então, houve necessidade de regulamentar essa prática de uma maneira que seja aceitável a retirada de órgãos, respeitando-se objeções bioéticas e jurídicas. Nesse âmbito, este trabalho tem como objeto avaliar qual o conhecimento dos futuros profissionais da saúde sobre as questões éticas e deontológicas que envolvem o processo de doação de órgãos e tecidos. Este estudo, de caráter descritivo e qualitativo, foi realizado com acadêmicos de medicina do primeiro ao sexto ano em uma Universidade do Oeste do Paraná/BR, com amostra de 131 entrevistados. Como resultados finais, constatou-se que 84,7% dos estudantes nunca assistiram aulas sobre o tema na graduação, porém, mesmo com o conhecimento escasso, 53,4% acertaram o conceito sobre morte encefálica. Além disso, 94,7% têm desejo de doar seus órgãos, e 31% acreditam que alguns grupos deveriam ser excluídos da lista de transplantes. Assim, concluiu-se que há uma lacuna dentro das universidades em proporcionar aulas sobre o tema, mas, apesar disso, os estudantes buscam alternativas para obter esses conhecimentos. Ademais, observou-se uma grande taxa de aceitação dos estudantes em doar seus órgãos post-mortem, e nas questões éticas e individuais, há uma grande divergência de opinião sobre questões como exclusão de pessoas da lista de transplantes.
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