Métodos antropológicos para estimativa de idade em cadáveres ou em restos mortais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v24i2p67-73Palavras-chave:
Determinação da Idade pelo Esqueleto, Determinação da Idade pelos Dentes, Antropologia Forense, Autopsia, CronologiaResumo
Introdução: A palavra antropologia deriva do grego e significa ciência que estuda os aspectos culturais e biológicos do ser humano. Na medicina legal, auxilia na identificação do indivíduo pela determinação do perfil biológico. Um dos aspectos mais importantes é a determinação da idade. Objetivos: Descrever os métodos mais utilizados para estimar a idade post mortem e avanços recentes. Métodos: Revisão bibliográfica entre 1920 a 2019. Resultados: Foram revisados os métodos de estimativa de idade em esqueletos e dentes. O estudo das suturas cranianas apresenta melhor precisão quando feito isoladamente. Na mandíbula, o ângulo formado é fundamental para a estimativa. Dos métodos dos ossos pélvicos, o de Suchey-Brooks é mais preciso que o de Todd e a técnica do Two Step Procedure é a de maior acurácia. Nos arcos costais, Kunos tem a melhor precisão. No contexto da “antropologia virtual”, o uso da ressonância nuclear magnética é o mais apropriado. Na análise do esterno ocorreu variação de 5,88 anos e o uso do acetábulo foi o de maior precisão em estimativas que considerem intervalo de idade de dez anos. Discussão: A antropologia forense é uma área afetada, principalmente, pelas dificuldades na padronização de métodos. Apesar da descrição de vários estudos para estimar a idade, muitos são equivalentes, como o de Lovejoy e o de Suchey Brooks. Além disso, a maioria compartilha das mesmas limitações, como a dificuldade em estimar a idade acima dos 70 anos. Outra ressalva é que os métodos são específicos para a população do estudo e, quando aplicados em amostras distintas, há redução significativa da precisão: variou de 83-100% para 30-56% na análise do acetábulo. Assim, a estimativa da idade deve ser feita por associação de métodos, a fim de melhores resultados. Conclusão: Os métodos mais utilizados são: análise das suturas cranianas, ângulo da mandíbula, ossos pélvicos, arcos costais e dentes. Os métodos mais recentes são a “antropologia virtual” e o estudo do esterno.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Fernanda Sobral Scaramussa, Ivan Dieb Miziara, Carmen Silvia M Galego Miziara
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.