Fatores de risco para estresse e transtornos mentais em farmacêuticos e auxiliares de farmácia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v20i2p77-83Palavras-chave:
Farmacêuticos/psicologia, Auxiliares de Farmácia/psicologia, Transtornos Mentais, Esgotamento Profissional, Fatores de Risco.Resumo
Introdução: Os transtornos mentais e o estresse relacionados ao trabalho podem ser provenientes de situações inerentes ao processo de trabalho e sua organização. Dentre os profissionais mais afetados estão aqueles que integram os serviços de saúde, envolvendo farmacêuticos e auxiliares de farmácia. O papel do farmacêutico e, consequentemente, a assistência farmacêutica, sofreram profundas mudanças durante o século XX que culminaram em suas atuais atribuições que, associadas ao fato de estarem na interface entre a prescrição e a dispensação de medicamentos com a responsabilidade de diminuir riscos terapêuticos, envolvidos em questões de cunho legal e clínico/social, submetem diariamente os profissionais a fatores estressores. Objetivo: Identificar os fatores de risco mais prevalentes para estresse e transtornos mentais relacionados ao trabalho em farmacêuticos e auxiliares de farmácia. Metodologia: Realizada uma revisão bibliográfica, utilizando os descritores “Farmacêuticos/ Auxiliares de farmácia” (“Pharmacist / Pharmacist’ Aides”), “Transtorno mental” (“Mental Disorders”), “Estresse” (“Stress”) e “Esgotamento profissional” (“Burnout”) nas bases de dados: PubMed, ScieLo, BVS e Science Direct. Resultados/Discussão: Foram encontrados doze artigos: sete abordavam fatores estressores relativos à profissão; cinco abordavam especificamente transtornos mentais. Dentre os primeiros, seis deles são de literatura internacional, sendo que o único artigo nacional é o de Bastos et al. (2010), que expressa possíveis fatores estressores após análise de uma série de entrevistas com farmacêuticos comunitários do Rio de Janeiro. Os transtornos de origem mental são abordados em estudos com alunos de graduação em farmácia (Hunt et al., 2013) que mostram casos de depressão e transtorno obsessivo-compulsivo relacionados a distúrbios do sono e anedonia. Conclusão: Os fatores mais prevalentes encontrados foram: extensa jornada de trabalho, número insuficiente de profissionais no ambiente laboral e diversas interrupções durante turno de trabalho.
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