Comendo nas encruzilhadas
contribuições interseccionais para a Nutrição Clínica Ampliada e Implicada
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902023230050ptPalavras-chave:
Interseccionalidade, Cuidado em Saúde, Nutrição Clínica, Encruzilhada, Nutrição Clínica Ampliada, ImplicadaResumo
Este ensaio, que traz contribuições póstumas da primeira autora, parte da compreensão da interseccionalidade como ferramenta teórica-metodológica e oferenda analítica que evidencia como sistemas múltiplos de subordinação e discriminação, suas consequências e dinâmicas estruturais, se relacionam entre dois ou mais eixos de opressão social. Propomos uma aproximação epistemológica entre esta compreensão e o campo da Alimentação e Nutrição, que contribua para pensar um cuidado alimentar e nutricional interseccional e uma práxis integral. Corroborando a metáfora da intersecção (e da encruzilhada), afirmamos que vários eixos de poder – raça, gênero, sexualidade, etnia, idade, classe, tamanho corporal, (dis)capacidades, entre outros – conformam as avenidas que estruturam o terreno do cuidado em saúde, inclusive o alimentar e nutricional. Entre tais avenidas e encruzilhadas, traçamos uma proposição inicial de Nutrição Clínica Ampliada e Implicada. Entre as implicações propostas, destacamos a reflexividade e a ação nas relações de poder e opressão, situando o(a) nutricionista como agente político, implicado com práxis emancipatórias, participativas e referenciadas socialmente. A interseccionalidade se traveste aqui como estratégia para o trabalho de justiça social, incluindo nesta a alimentação e a nutrição. Tratamos de relações em construção, constituindo
práticas reflexivas, de composição de sentidos no ato do trabalho vivo alimentar e nutricional.
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