O comum e os desdobramentos na economia solidária a partir do saneamento ecológico
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902021181188Palavras-chave:
ecologia social, comunidades tradicionais, sustentabilidade, pesquisa-ação, saneamento ecológicoResumo
Como as condições de saneamento no Brasil são precárias nas áreas rurais, é importante construir ações territorializadas que valorizem a cultura e fortaleçam o bem viver, baseadas na economia solidária para alcançar soluções sustentáveis. Dardot e Laval veem o comum como um contraponto ao atual contexto político e econômico, em que os indivíduos assumem o papel de protagonistas em suas vidas e gerenciam os “comuns” para a comunidade da qual fazem parte. Partindo dessa abordagem, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Observatório dos Territórios Saudáveis e Sustentáveis de Bocaina (OTSS), constituiu pesquisa-ação de saneamento ecológico na Comunidade Caiçara da Praia do Sono, em Paraty, com envolvimento da comunidade durante todo o processo e, por meio de avaliação qualitativa, pôde-se entender a relação da comunidade com o comum. Como os construtores locais foram contratados como mobilizadores sociais, os recursos endógenos foram valorizados. Por meio dessa articulação, buscou-se a atuação conjunta junto aos órgãos públicos para fomentar ações que partissem da própria comunidade e políticas públicas inclusivas que colocam a sociedade como protagonista do processo. A partir do conceito de comum e de entrevistas semiestruturadas, esta pesquisa psicossocial tem como objetivo relatar o desdobramento da economia solidária no comum.
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