Psicodinâmica do Trabalho: um estudo sobre o prazer e o sofrimento no trabalho docente na Universidade Óscar Ribas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170487

Palavras-chave:

Prazer, Sofrimento, Psicodinâmica, Trabalho, Docência, Professores Universitários

Resumo

Este artigo tem por base uma investigação realizada entre novembro de 2013 e janeiro de 2017, na Universidade do Minho (Portugal), sobre os docentes da Universidade Óscar Ribas (UOR) (Angola). Foi alicerçado num referencial teórico, a Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejours, e teve como objetivos analisar os sintomas biopsicossociais e os sentimentos de prazer e/ou de sofrimento relacionados com o trabalho docente. Foi utilizada a metodologia quantitativa, que teve por base a aplicação de um questionário e duas escalas a 56 docentes da UOR. Verificou-se um nível moderado de prazer em 54% dos docentes e um nível moderado de sofrimento em 41% dos docentes inquiridos, o que revela o uso de estratégias defensivas, de forma a subverter o sofrimento gerado pelo trabalho. A identificação com as tarefas, a liberdade para falar no trabalho e a solidariedade entre colegas são os principais reveladores de prazer. Por outro lado, o estresse, o desgaste, os sentimentos de insatisfação, de injustiça, de indignação e esgotamento emocional, revelaram ser os principais indicadores de sofrimento. Os principais sintomas assinalados foram: físicos (alterações de sono, dores de cabeça e dores no corpo); sociais (dificuldades no relacionamento familiar e o desinteresse pelas pessoas); e psíquicos (irritabilidade e tristeza). Constatou-se ainda que os docentes de nacionalidade angolana são os que exibem melhores resultados gerais em termos de prazer, menos sofrimento e menos sintomatologia relacionada com o trabalho.

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Publicado

2019-11-09

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Pena, L. ., & Remoaldo, P. . (2019). Psicodinâmica do Trabalho: um estudo sobre o prazer e o sofrimento no trabalho docente na Universidade Óscar Ribas. Saúde E Sociedade, 28(4), 147-159. https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170487