"O Eclipse da Razão": a loucura em "Crime e Castigo"
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2021.190697Ключевые слова:
Dostoiévski, Loucura, Modernidade, AmorАннотация
Neste artigo, propomos que o romance Crime e castigo, de Dostoiévski, sugere um olhar metafísico sobre a loucura, contrapondo-o a uma percepção imediatamente adversa àquele orgânico e patológico empreendido pela psiquiatria alienista que surge no século XIX. Buscamos demonstrar que Dostoiévski, afastando-se do entendimento psiquiátrico da época – que aliava controle de corpos com formas de exclusão social, legitimando a loucura como “doença” – entendia a “desrazão”, atrelada ao amor e ao sofrimento, como parte de uma penitência necessária para a superação do estado de sofrimento psíquico. Desta forma, esse artigo discute uma escrita da loucura como crítica de uma perspectiva desse fenômeno como “doença mental”.
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