Grupo focal com residentes de um programa de residência multiprofissional: percepção sobre suas dificuldades e recursos para lidar com a morte na atuação em contexto hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v32i1-3pe203963Palavras-chave:
Morte, Pacientes terminais, Profissionais de saúde, HospitalResumo
Introdução: A dificuldade de falar sobre a morte no contexto hospitalar pode trazer sofrimento para o profissional de saúde. Objetivo: Conhecer a perspectiva de residentes sobre o lidar com a morte em contexto hospitalar em sua atuação prática em um Programa de Residência Multiprofissional. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Dez residentes participaram da pesquisa. A coleta de dados ocorreu pela condução de um grupo focal com duas sessões. Este foi gravado em áudio, transcrito e analisado em seu conteúdo, por meio de análise temática. Resultados: A análise temática encontrou duas categorias: a) Sofrimento dos residentes na atuação hospitalar com pacientes no processo de terminalidade e morte; b) Recursos para lidar com o processo de terminalidade e morte - o que se identificou, tanto na relação dos recursos já utilizados pelos residentes, quanto de sugestões dadas por eles sobre recursos a serem implementados no âmbito da residência. Conclusões: O estudo tem potencial para auxiliar residentes em sua prática e favorecer a implementação de estratégias para aprimoramento de programas de residências.
Downloads
Referências
Pitta A. Hospital: dor e morte como ofício. São Paulo: Hucitec; 1990.
Oliveira PP, Amaral JG, Viegas SMF, Rodrigues AB. Percepção dos profissionais que atuam numa instituição de longa permanência para idosos sobre a morte e o morrer. Ciên Saúde Coletiva. 2013;18:2635-44. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900018
Kovács MJ. Educação para a morte. Temas e reflexões. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2003.
Humphreys C. “Waiting for the last summons”: the establishment of the first hospices in England 1878-1914. Mortality. 2001;6(2):146-166. doi: https://doi.org/10.1080/713686038
Kovács MJ. Morte e desenvolvimento humano. 5ah ed. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2008.
Brasil. Portaria interministerial MEC/MS n. 1.077, de 12 de novembro de 2009. Dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde, e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde e a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Brasília (DF); 2009 [citado 26 maio 2022]. Disponível em: http://www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/versao_impressao.php?id=8862
Gatti BA. Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Brasília: Líber Livro; 2005.
Minayo MC. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em Saúde. Rio de Janeiro: Abrasco; 1992.
Driessnack M, Sousa VD, Mendes C. Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem: parte 3: métodos mistos e múltiplos. Rev Latino-Amer Enfermagem. 2007;20(59):1041–52. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300022
World Health Organization (WHO). Planning and implementing palliative care services: a guide for programme managers. Geneva; 2016. [cited 2022 Apr 18]. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/250584/9789241565417-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Kovács MJ. A caminho da morte com dignidade no século XXI. Rev Bioét. 2014;22:94-104. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bioet/a/QmChHDv9zRZ7CGwncn4SV9j/?lang=pt
Kovács MJ. Instituições de saúde e a morte: Do interdito à comunicação. Psicol Ciên Profissão. 2011;31:482-503. doi: https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000300005
D´Alessandro MPS, Pires CT, Fort DN, et al., coordenadores. Manual de cuidados paliativos. São Paulo: Hospital Sírio Libanês; Ministério da Saúde; 2020.
Both JE, Leite MT, Hildebrandt LM, Spies J, Silva LAA, Beuter M. O morrer e a morte de idosos hospitalizados na ótica de profissionais de enfermagem. Ciên Cuidado Saúde. 2013;12(3):558-65. doi: https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v12i3.18302
Costa ÁP, Poles K, Silva AE. Formação em cuidados paliativos: experiência de alunos de medicina e enfermagem. Interface Comun Saúde Educ. 2016;20(59):1041-52. doi: https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0774
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: equipe de referência e apoio matricial. Brasília; 2004 [citado 19 abr. 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/equipe_referencia.pdf.
Kovács MJ. Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: cuidando do cuidador profissional. Mundo Saúde. 2010;34(4):420-429. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/79/420.pdf
Bernieri J, Hirdes A. O preparo dos acadêmicos de enfermagem brasileiros para vivenciarem o processo morte-morrer. Texto Contexto Enfermagem. 2007;16(1):89-96. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-07072007000100011
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jaqueline Basilio Lupi, Maria Helena Morgani de Almeida, Helga Juri Kojima, Marina Picazzio Perez Batista
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.