A certificação Bandeira Azul e seus impactos nas praias do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v31i3p561-576Palavras-chave:
Certificação ambiental, Praia, Destino turístico, Sustentabilidade, Oferta diferencialResumo
As certificações ambientais surgem num contexto onde a sustentabilidade vem sendo discutida na gestão de destinos turísticos. Aplicadas às praias e marinas, seguem critérios rigorosos e indicam a qualidade ambiental dos locais certificados, gerando credibilidade nas ações voltadas à sustentabilidade. Neste contexto, esta pesquisa objetiva analisar os impactos da certificação Bandeira Azul nas praias brasileiras a partir da percepção dos representantes de cada praia certificada. Como procedimentos metodológicos, trata-se de um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa que contou com a aplicação de entrevistas estruturadas com os cinco representantes das praias certificadas no Brasil e coordenação geral do Bandeira Azul nacional. No tratamento dos dados, foi utilizada a técnica da análise de conteúdo (Bardin, 2004) onde os resultados foram ilustrados no formato de quadros. Concluiu-se que a certificação Bandeira Azul pode representar um elemento de diferenciação turística para as praias certificadas, impactando positivamente na imagem do destino, trazendo benefícios econômicos, fomentando a captação de recursos públicos e privados, promovendo a conscientização ambiental dos atores envolvidos (gestores, turistas e comunidades), entre outros.
Downloads
Referências
Bandeira Azul (2018). O programa. 10 jun. 2018, http://www.bandeiraazul.org.br/sobre/.
Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo. 3ª ed. Lisboa: Edições, 70.
Blackman, A., Naranjo, M. A., Robalino, J., Alpízar, F., & Rivera, J. (2014). Does tourism eco-certification pay? Costa Rica’s blue flag program. World Development, 58, 41-52. Referenciado de: https://doi.org/10.1016/j.worlddev.2013.12.002. Acesso em 15 jun 2018.
Blue Flag (2018), Pure water, clean coasts, safety and access for all. 30 jun, 2018, www.blueflag.global/.
Bosch Campubrí, R., Marco, L. P., Cabado, J. S., & Riera, F. V. (1998). Turismo e meio ambiente. Madrid: Centro de Estudios Ramon Areces.
Capacci, S., Scorcu, A. E., & Vici, L. (2015). Seaside tourism and eco-labels: The economic impact of Blue Flags. Tourism Management, 47, 88-96. Referenciado de: https://doi.org/10.1016/j.tourman.2014.09.003. Acesso em 15 jun 2018.
Creo, C., & Fraboni, C. (2011). Awards for the sustainable management of coastal tourism destinations: The example of the Blue Flag program. Journal of Coastal Research, 378-381. Referenciado de: https://doi.org/10.2112/SI61-001.43. Acesso em 17 jun 2018.
Dencker, A. D. F. M. (2007). Pesquisa em turismo: planejamento, métodos e técnicas. São Paulo: Futura.
Genest, J., & Legg, D. (2003). Premier-ranked tourist destinations: development of a framework for analysis and its self-guided workbook. Ontario: Turismo del Gobierno de Canadá.
Klein, L., & Dodds, R. (2017). Perceived effectiveness of Blue Flag certification as an environmental management tool along Ontario's Great Lakes beaches. Ocean & Coastal Management, 141, 107-117. Referenciado de: https://doi.org/10.1016/j.ocecoaman.2017.03.001. Acesso em 17 jun 2018.
OMT (2018). Why tourism? 05 jan. 2019, http://www2.unwto.org/content/why-tourism.
Programa Bandeira Azul Praias – Brasil. Critérios e notas explicativas. 12 mai. 2020, http://bandeiraazul.org.br/wp-content/uploads/2019/08/CRIT%C3%89RIOS-BANDEIRA-AZUL-PRAIAS.pdf.
Mazaro, R. M., & Varzin, G. (2008). Modelos de competitividad para destinos turisticos en el marco de la sostenibilidad. RAC-Revista de Administracao Contemporanea, 12(3), 789-810. Referenciado de: https://www.scielo.br/pdf/rac/v12n3/09.pdf. Acesso em 17 jun 2018.
Radchenko, V., & Aleyev, M. (2011). Blue flag program implementation prospective in Ukraine. Journal of Coastal Research, 52-59. Referenciado de: https://doi.org/10.2112/SI61-001.65. Acesso em 17 jun 2018.
Richardson, R. J., & Peres, J. A. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. Atlas.
Ritchie, J. R., & Crouch, G. I. (2010). A model of destination competitiveness/sustainability: Brazilian perspectives. Revista de Administração Pública, 44(5), 1049-1066. Referenciado de: <https://doi.org/10.1590/S0034-76122010000500003>. Acesso em 17 jun 2018.
Ryglova, K. (2007). Eco-certification as a tool of sustainable tourism. Zemedelska Ekonomika-Praha, 53(3), 138. Referenciado de: < https://doi.org/10.17221/489-AGRICECON>. Acesso em 17 jun 2018.
Zielinski, S., & Díaz Cano, M. (2014). Los esquemas de certificacion de playas turisticas en America Latina: Evaluación del componente socio-cultural y el nivel participativo. Estudios y perspectivas en turismo, 23(1), 156-175. Referenciado de: < https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=180729920009>. Acesso em 17 jun 2018
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rafaella Soares Espínola, Lissa Valéria Fernandes Ferreira, Sergio Marques Junior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial na RTA.
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International que só permite uso não comercial e compartilhamento pela mesma licença, com sujeição do texto às normas de padronização adotada pela RTA.
2. A Revista pode solicitar transferência de direitos autorais, permitindo uso do trabalho para fins não-comerciais, incluindo o direito de enviar o trabalho a bases de dados de acesso livre ou pagos, sem a obrigação de repasse dos valores cobrados dos usuários aos autores.
3. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
4. A revista Turismo em Análise não cobra nada de seus autores para submissão ou publicação.