Workaholism e burnout entre docentes de pós-graduação stricto sensu
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2022056003883Palabras clave:
Docentes, Esgotamento Profissional, Carga de Trabalho, Estresse Ocupacional, Condições de Trabalho, Saúde MentalResumen
OBJETIVO Analisar a associação entre trabalho excessivo e trabalho compulsivo com as dimensões da síndrome de burnout em docentes de mestrado e doutorado em Letras e Linguística do Brasil. MÉTODOS Estudo transversal realizado com 585 docentes permanentes de pós-graduação stricto sensu em Letras e Linguística do Brasil. A obtenção dos dados ocorreu entre fevereiro e agosto de 2019, por meio de um questionário online. Os desfechos deste estudo foram as dimensões trabalho compulsivo e trabalho excessivo da escala Dutch Work Addiction Scale, as dimensões da Maslach Burnout Inventory TM e seus fatores associados, identificados por modelos múltiplos de regressão logística. RESULTADOS Docentes com alto nível de trabalho excessivo (29,40%) apresentaram 2,75 vezes a chance de exaustão emocional alta e 2,08 vezes a chance de despersonalização alta. Quanto aos docentes com alto nível de trabalho compulsivo (8,03%), apresentaram 4,88 vezes a chance de exaustão emocional alta e 2,97 vezes a chance de despersonalização alta. Não foi identificado associação entre trabalho excessivo e trabalho compulsivo com a baixa realização profissional. CONCLUSÃO Os resultados mostraram que existe uma associação estatisticamente significativa entre trabalho excessivo e trabalho compulsivo com exaustão emocional alta e despersonalização alta, possibilitando aos gestores e docentes refletirem os critérios que norteiam seus processos laborais, a fim de adotarem modelos de gestão, políticas reguladoras institucionais e estratégias adequadas para melhorar as condições de trabalho e saúde dos docentes.
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