Instrumentos para avaliar a adesão medicamentosa em pessoas vivendo com HIV: uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2022056004475Palavras-chave:
Infecções por HIV, terapia, Adesão à Medicação, Recusa do Paciente ao Tratamento, Sobreviventes de Longo Prazo ao HIV, RevisãoResumo
OBJETIVO: Compilar os instrumentos validados no Brasil para avaliação da adesão de pessoas vivendo com HIV à terapia antirretroviral. MÉTODOS: Revisão de escopo, utilizando as bases de dados Web of Science, Scopus, Medline (via PubMed), Embase, BDENF, CINAHL e Lilacs. Em complementação, os servidores Preprints bioRxiv, Google Scholar e OpenGrey foram verificados. Para a busca, não houve restrição de idioma e considerou artigos publicados a partir do ano de 1996. RESULTADOS: Três publicações foram incluídas na síntese qualitativa. Os instrumentos identificados foram o “Questionário para Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral”, desenvolvido em Porto Alegre (RS) e publicado em 2007; a “Escala de autoeficácia para adesão ao tratamento antirretroviral em crianças e adolescentes com HIV/Aids”, desenvolvida em São Paulo (SP) e publicada em 2008; e o “WebAd-Q, um instrumento de autorrelato para monitorar a adesão à terapia antirretroviral em serviços de HIV/Aids no Brasil”, desenvolvido em São Bernardo do Campo (SP) e publicado em 2018. Os instrumentos foram validados no Brasil e apresentaram valores estatisticamente aceitáveis para as qualidades psicométricas. CONCLUSÃO: Os instrumentos para avaliar a adesão de pessoas vivendo com HIV à terapia antirretroviral são estratégias validadas para o contexto do Brasil. Todavia há que se expandir a (re)utilização em diferentes cenários e contextos da nação. A utilização desses instrumentos por profissionais da saúde pode melhorar a compreensão dos fatores que atuam negativa e positivamente na adesão à terapia antirretroviral, e a proposição de estratégias com o objetivo de consolidar a boa adesão e intervir no tratamento das pessoas com baixo engajamento terapêutico.
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