Associação entre prática de atividade física com a saúde mental e a percepção da qualidade de vida em profissionais de enfermagem de Ribeirão Preto e região durante a pandemia da covid-19
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2023.197591Palabras clave:
Profissionais da saúde, Comportamentos sedentários, Infecção por SARS-CoV-2Resumen
Introdução: Na linha de frente da pandemia da COVID-19 encontram-se os profissionais de saúde que realizam um intenso trabalho, incluindo os profissionais de enfermagem, que representam uma grande parcela entre os profissionais de saúde que atuam nas instituições de saúde e hospitalares. As altas pressões no ambiente de trabalho com elevadas cargas e jornadas aumentaram as demandas, devido à responsabilidade de suas atribuições. Este contexto pode trazer repercussões negativas para a prática da atividade física, saúde mental e percepção de qualidade de vida destes profissionais. Objetivo: Analisar a associação entre a prática de atividade física, saúde mental e a percepção da qualidade de vida em profissionais de enfermagem de Ribeirão Preto, SP durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com profissionais de enfermagem de Ribeirão Preto e região em 2021, por meio de formulário online na ferramenta Google Forms. Foram realizadas perguntas relacionadas aos dados sociodemográficos, atividade profissional, questionários para medir nível de atividade física e comportamento sedentário (IPAQ – versão curta), percepção da qualidade de vida (SF – 12v2) e saúde mental (DASS-21). Sobre a análise estatística, utilizou-se o teste Qui-quadrado para verificar a associação de duas variáveis categóricas entre si; teste t de Student para comparar duas médias e a ANOVA para comparar três médias provenientes de amostras não pareadas. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Participaram do estudo 125 profissionais de enfermagem, sendo auxiliares, técnicos, enfermeiros(as) e enfermeiros(as) coordenadores(as). Desses, 79,2% foram mulheres e 56% atuavam no setor privado, 34,4% estavam acima do peso e 29,6% com obesidade. Os profissionais que praticavam exercício físico ou esporte apresentaram menor risco de depressão (57,9% entre os que não praticavam, 47,9% entre os que praticavam um tipo e 18,2% entre os que praticavam dois ou mais tipos de exercício ou esporte, p = 0,04). Profissionais com moderado ou alto nível de atividade física e que praticavam exercícios físicos ou esportes, apresentaram melhor pontuação em diversos domínios e nos componentes físico e mental da qualidade de vida, quando comparados aos com baixo nível de atividade física e que não praticavam exercícios físicos ou esportes, respectivamente. Conclusão: Profissionais de enfermagem que relataram praticar mais exercícios físicos ou esporte apresentaram menor risco relacionado à saúde mental, e os que relataram nível moderado ou alto de atividade física apresentaram melhor percepção de qualidade de vida.
Descargas
Referencias
Xu Z, Shi L, Wang Y, et al. Pathological findings of COVID-19 associated with acute respiratory distress syndrome. The Lancet Respiratory Medicine 2020; 8: 420–422.
World Health Organization. Weekly epidemiological update on COVID-19 - 25 May 2022 - Edition 93, https://www.who.int/publications/m/item/weekly-epidemiological-update-on-covid-19---25-may-2022 (2022, accessed 29 May 2022).
World Health Organization. Weekly epidemiological update on COVID-19 - 26 October 2022 - Edition 115, https://www.who.int/publications/m/item/weekly-epidemiological-update-on-covid-19---26-october-2022 (2022, accessed 29 October 2022).
BRASIL. LEI No 7.498, Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Brasilia, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7498.htm (1986, accessed 25 January 2022).
Lima VVR da SS, Bádue GS, Araújo JF da S, et al. Occupational stress of nursing professionals during the Covid-19 pandemic in Brazil. Res Soc Dev 2021; 10: e244101522023.
Conselho Federal de Enfermagem. – Enfermagem em Números Conselho Federal de Enfermagem - Brasil, http://www.cofen.gov.br/enfermagem-em-numeros (accessed 24 August 2022).
Machado MH, Filho WA, De Lacerda WF, et al. CARACTERISTICAS GERAIS DA ENFERMAGEM: O PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO. Enferm em Foco 2016; 7: 9–14.
Santos KMR dos, Galvão MHR, Gomes SM, et al. Depressão e ansiedade em profissionais de enfermagem durante a pandemia da covid-19. Esc Anna Nery; 25. Epub ahead of print 2021. DOI: 10.1590/2177-9465-ean-2020-0370.
Barbosa DJ, Pereira Gomes M, Assumpção de Souza FB, et al. Fatores de estresse nos profissionais de enfermagem no combate à pandemia da COVID-19: Síntese de Evidências. Com Ciências Saúde 2020; 31: 31–47.
Bezerra IMP, Sorpreso ICE. Concepts and movements in health promotion to guide educational practices. J Hum Growth Dev 2016; 26: 11.
Brasil. Política Nacional de Atenção Básica 2017. Brasilia: presidência da República, 2017.
Noronha DD, Martins AME de BL, Dias D dos S, et al. Qualidade de vida relacionada à saúde entre adultos e fatores associados: um estudo de base populacional. Cien Saude Colet 2016; 21: 463–474.
Ding D, Mutrie N, Bauman A, et al. Physical activity guidelines 2020: comprehensive and inclusive recommendations to activate populations. Lancet 2020; 396: 1780–1782.
Kandola AA, del Pozo Cruz B, Osborn DPJ, et al. Impact of replacing sedentary behaviour with other movement behaviours on depression and anxiety symptoms: a prospective cohort study in the UK Biobank. BMC Med 2021; 19: 1–12.
Ferreira JS, Diettrich SHC, Pedro DA. Influência da prática de atividade física sobre a qualidade de vida de usuários do SUS. Saúde em Debate 2015; 39: 792–801.
Raffone AM, Hennington ÉA. Avaliação da capacidade funcional dos trabalhadores de enfermagem. Rev Saude Publica 2005; 39: 669–676.
Acioli Neto A, Araújo R, Pitangui A, et al. Qualidade de vida e nível de atividade física de profissionais de saúde de unidades de terapia intensiva. Rev Bras Atividade Física Saúde 2013; 18: 711.
Von Elm E, Altman DG, Egger M, et al. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: Guidelines for reporting observational studies. Ann Intern Med 2007; 147: 573–577.
Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, et al. Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): Estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Atividade Física Saúde 2001; 6: 5–18.
Camelier AA. Avaliação da Qualidade de Vida relacionada à saúde em pacientes com DPOC: Estudo de base populacional com o SF-12 na cidade de São Paulo-SP. Universidade Federal de São Paulo, 2004.
Damásio BF, Andrade TF, Koller SH. Psychometric Properties of the Brazilian 12-Item Short-Form Health Survey Version 2 (SF-12v2). Paid (Ribeirão Preto) 2015; 25: 29–37.
Noronha DD, Martins AME de BL, Dias D dos S, et al. Qualidade de vida relacionada à saúde entre adultos e fatores associados: um estudo de base populacional. Cien Saude Colet 2016; 21: 463–474.
Silveira MF, Almeida JC, Freire RS, et al. Propriedades psicométricas do instrumento de avaliação da qualidade de vida: 12-item health survey (SF-12). Cien Saude Colet 2013; 18: 1923–1931.
Vignola RCB, Tucci AM. Adaptation and validation of the depression, anxiety and stress scale (DASS) to Brazilian Portuguese. J Affect Disord 2014; 155: 104–109.
Pagano M, Gauvreau K. Princípios da Bioestatística. 2nd ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004.
Coelho ACVD, Almeida SS de, Ramos IC, et al. Técnico de enfermagem e o cuidado da sua saúde: conhecendo esta realidade. Ciência, Cuid e Saúde 2010; 9: 487–493.
Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2015: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados br. 2016; 160.
Pereira RSF, Gusmão JL de, Santos CA dos, et al. Obesidade e sobrepeso em trabalhadores da enfermagem de um hospital público em são José dos campos – SP. Rev Enferm Atual Derme 2019; 82: 34–39.
Chillida M de SP, Contrera-Moreno L, Monteiro MI. Atividade Física Referida e Estilo de Vida entre Trabalhadores de Enfermagem em Serviço Público de Saúde. 2011.
Liboredo JC, Anastácio LR, Ferreira LG, et al. Quarantine During COVID-19 Outbreak: Eating Behavior, Perceived Stress, and Their Independently Associated Factors in a Brazilian Sample. Front Nutr 2021; 8: 1–10.
Freitas AR, Carneseca EC, Paiva CE, et al. Impact of a physical activity program on the anxiety, depression, occupational stress and burnout syndrome of nursing professionals. Rev Lat Am Enfermagem 2014; 22: 332–336.
Ritti-Dias R, Alexandre Trapé Á, Quintella Farah B, et al. Atividade física para adultos: Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Rev Bras Atividade Física Saúde 2021; 26: 1–11.
Vidotti V, Ribeiro RP, Galdino MJQ, et al. Burnout Syndrome and shift work among the nursing staff. Rev Lat Am Enfermagem; 26. Epub ahead of print 9 August 2018. DOI: 10.1590/1518-8345.2550.3022.
Robazzi ML do CC, Mauro MYC, Secco IA de O, et al. Alterações na saúde decorrentes do excesso de trabalho entre trabalhadores da área de saúde. Rev Enferm Uerj 2012; 20: 526–532.
Souza TCDM, Oliveira LA, Daniel MM, et al. Lifestyle and eating habits before and during COVID-19 quarantine in Brazil. Public Health Nutr 2022; 25: 65–75.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Leonardo Rodrigues Marcucci, Milton José Azevedo, Gabriel Peinado Costa, João Luiz Andrella, Elisangela Aparecida da Silva Lizzi, Átila Alexandre Trapé

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.