Rastreamento da doença renal do diabetes na atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2023.205599Palavras-chave:
Doença renal crônica, Diabetes Mellitus tipo 2, Atenção primária à saúde, Nefropatias diabéticasResumo
A Doença Renal do Diabetes (DRD) é assintomática nos estágios iniciais da doença, e por esse motivo, a maioria dos pacientes é diagnosticada somente quando já apresenta várias complicações. O objetivo deste estudo foi avaliar se o rastreio da DRD está sendo realizado de maneira adequada em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) atendidos na atenção primária à saúde (APS) do Sistema Único de Saúde. Foi realizado um estudo transversal, com duração de cinco meses, na APS dos municípios de Bernardino de Campos e Salto Grande, SP. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico de DM2, idade > 18 anos, e ser acompanhado nas unidades participantes do estudo. Um total de 1093 atenderam aos critérios de inclusão e aceitaram participar do estudo. Foi verificado que 398 (36,4%) dos pacientes nunca realizaram os exames de albumina urinária e creatinina, e não tiveram calculados a relação albumina/ creatinina em amostra de urina com o cálculo da taxa de filtração glomerular (TFG) estimada pela CKD-EPI a partir da creatinina sérica; 401 (36,7%) dos pacientes realizaram estes exames e tiveram estes índices calculados nos últimos 12 meses. Estes 401 pacientes realizaram estes exames e cálculos de rastreio da DRD uma vez a cada 12 meses nos últimos 5 anos. Os demais pacientes (294; 26,9%) realizaram somente exame de creatinina sérica nos últimos 12 meses. Os resultados demonstraram que o rastreamento da DRD não está sendo realizado de maneira adequada na maioria dos pacientes.
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